Estatísticas do projeto Mais Médicos: uma avaliação rápida

mais médicos

O programa Mais Médicos, do governo federal, como diz o nome, visa levar mais profissionais para lugares onde há carência ou inexistência de recursos humanos na área. Conheça as estatísticas do projeto e veja uma avaliação do programa até aqui.

Números dos Mais Médicos

Conforme o site federal do programa Mais Médicos, a iniciativa já garantiu 18.240 médicos para atuar em 4.058 municípios, que representam 73% dos municípios do País. Além disso, o programa atende a 34 distritos de saúde indígenas. Estariam sendo atendidos, nesses locais, 63 milhões de brasileiros que antes não dispunham de atendimento médico ou não conseguiam ter um médico fixo.

O objetivo maior do programa é chegar onde há não apenas falta de número suficiente de médicos, mas inexistência de profissionais, como periferias, municípios pequenos, além de comunidades quilombolas, indígenas ou assentadas, além de localidades no sertão nordestino ou populações ribeirinhas.

Ainda de acordo com o governo Federal, as consultas realizadas pelos profissionais do Mais Médicos conseguem atender a 80% dos casos que chegam a eles. Uma pesquisa realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais e Políticas e Econômicas de Pernambuco e a Universidade Federal de Minas Gerais, realizada em cerca de 700 municípios do país, totalizando aproximadamente com 14 mil usuários, indica 95% de aprovação deles com a forma de atuação dos médicos, considerando estarem satisfeitos ou muito satisfeitos.

A entrevista ainda apresenta o dado de que 85% dos entrevistados acreditam que a qualidade do atendimento médico ficou melhor ou muito melhor depois que os médicos chegaram por meio do programa. A atenção dos profissionais nas consultas também teria melhorado em 87% dos casos e 82% dos entrevistados afirmam que essas consultas resolvem melhor seus problemas de saúde.

Dados do Tribunal de Contas da União (TCU), obtidos a partir de avaliação em 1.837 municípios onde há profissionais do Mais Médicos, indicam que nesses lugares estão acontecendo 33% mais consultas/mês voltadas para a atenção básica e crescimento de 32% de visitas domiciliares feitas por médicos.

Mais Médicos brasileiros

Uma das grandes críticas ao programa Mais Médicos diz respeito ao fato da grande abertura de oportunidades para profissionais estrangeiros, embora hajam 420 mil profissionais habilitados no país. A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) aponta que o problema do acesso poderia ser resolvido com a criação de uma carreira médica de Estado, além de investimentos em infraestrutura, que não foram resolvidos com o programa.

O atual governo federal pretende mudar a proporção de médicos brasileiros e estrangeiros no Mais Médicos. Dos mais de 18 mil contratados, 11,4 mil são cubanos, e a meta é baixar contratar 7,8 mil profissionais brasileiros, para diminuir para 7,4 mil a quantia de médicos cubanos. O ingresso dos médicos brasileiros representaria o equivalente a 40% dos médicos do programa.

Para 2017, portanto, a radiografia deve mudar. Os médicos brasileiros estão aderindo ao edital em vigor, que obteve 10.557 inscrições para 1,2 mil vagas oferecidas até o momento para 563 municípios e dois distritos indígenas. Atualmente 708 destas vagas estão ocupadas por cubanos.

Mais de 85% dos médicos inscritos se graduaram nos últimos cinco anos, e pouco mais da metade é do gênero feminino (54%). A maioria dos profissionais é formada por instituições privadas brasileiras (53,9%). A origem dos médicos interessados por estado é mais representativa em Minas Gerais (14,3%) e São Paulo (8,4%).

Entidades médicas lembram que, além da falta de estrutura, a conjuntura atual de desemprego está se refletindo também no atendimento ao SUS. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 11,41 milhões de pessoas ficaram desempregadas e 910 mil perderam o acesso a planos de saúde e foram para o SUS. Assim, só em São Paulo, há uma espera de cerca de seis meses para uma consulta médica para 30% dos usuários.

Em termos globais de saúde pública, portanto, o impacto não seria tão representativo. A Fenam informa que em 48% dos casos esse atendimento não fez diferença para a população. Os dados seriam do próprio Tribunal de Contas da União. O TCE ainda teria constatado que a premissa de levar o Mais Médicos para lugares distantes não está sendo fato, tendo sido enviados 10 vezes mais médicos para São Paulo do que para Roraima.

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