Por que não devo atender por planos de saúde em meu consultório

planos de saúde

Os planos de saúde são contratos vinculantes de prestação de serviço. São oferecidos por empresas privadas para pessoas que buscam assistência e segurança na área da saúde, e ao mesmo tempo querem evitar os gastos imprevistos com despesas médicas. O que parece ser uma solução para economizar o bolso dos pacientes e ao mesmo tempo garantir uma agenda cheia para os médicos, na verdade tem sido alvo de polêmicas que deixam ambos os lados insatisfeitos.

De acordo com o relatório Demografia Médica desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) com o apoio do conselho federal e paulista de medicina (CFM e Cremesp) em 2015, 25% dos médicos brasileiros não atendem por plano de saúde. E entre os 75% que aceitam convênios, o espaço na agenda voltado a atendimentos de planos tem diminuído em relação aos horários reservados para consultas particulares. Por que, então, tantos profissionais estão abandonando os planos de saúde, e por que não é aconselhável atender por convênios?

Baixa remuneração por planos de saúde

Os dados da realidade brasileira refletem políticas assimétricas das empresas de convênio. Enquanto os beneficiários criticam o constante aumento das mensalidades e diminuição das vantagens oferecidas, os profissionais de saúde reclamam não receberem uma remuneração adequada.

Na verdade, a principal razão das reclamações dos médicos em relação aos planos de saúde é justamente o valor pago pelas consultas e atendimentos, que é muito inferior ao valor de mercado. Convênios pagam uma média de R$30 a R$60 reais por consulta para um profissional que investiu 6 anos de faculdade, mais 2 a 6 de especialização e residência, e que deve estar em constante atualização sobre as novidades na sua área comparecendo a congressos, cursos e especializações. Além disso, muitas vezes o plano de saúde não paga adicional pelo “retorno” do paciente, prática comum em certos tipos de atendimentos.

Esse valor irrisório faz com que o profissional se veja obrigado a atender entre 4 e 6 pacientes por hora para receber uma remuneração decente no final do mês e pagar as despesas do consultório. Outra saída comum é estender a jornada de trabalho para além das 8h comerciais. Com estes cálculos, cada paciente acaba sendo atendido em 10 a 15 minutos, o que é insuficiente para uma investigação clínica de qualidade – e costuma ser interpretado como descaso do profissional.

Outras reclamações da classe médica

A burocracia é outro elemento que gera profunda insatisfação. Consultórios particulares geralmente tem que contratar mais secretárias ou assistentes apenas para lidar com os procedimentos demandados pelas empresas de planos de saúde, pois o preenchimento errado da guia, por exemplo, pode fazer com que a consulta não seja paga ao médico.

Pagamento de impostos, sobrecarga, péssimas condições de trabalho e interferência na autonomia profissional – como pressão para reduzir o número de exames – são outros argumentos para quem não atende planos de saúde ou reserva apenas poucos horários para pacientes conveniados. Também há relatos frequentes de demora no pagamento das operadoras, que por vezes são efetuados até dois meses depois do atendimento.

Uma prática alternativa de cobrança tem sido aplicada por médicos e pacientes para fugir do vínculo com os planos de saúde, e é inclusive incentivada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Ao invés de acionar o convênio, o profissional cobra o valor mínimo da consulta particular, que geralmente é muito próximo do valor de reembolso pago aos pacientes pelas operadoras para consultas realizadas com médicos não credenciados. Com isso e a emissão da nota fiscal, o paciente consegue recuperar a totalidade ou quase todo o valor junto ao plano de saúde, com a opção de escolher o seu médico de confiança e receber um bom atendimento.

Decidindo atender por convênios ou não, é importante que o profissional da área da saúde enxergue o seu consultório como um empreendimento que precisa de atenção estratégica. É preciso investir parte do seu tempo para planejar ações para divulgação do consultório e aumento da qualidade do atendimento.

Investir em uma boa gestão pode impactar bastante nos resultados que o consultório te oferece todo mês. Por isso, é importante começar a pensar em investir em tecnologia para centralizar todos os processos do consultório – administrativo, financeiro e estratégico – em um só lugar: um software de gestão e marketing para consultórios.

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Quer saber mais sobre planos de saúde? Leia outros artigos em nossa página!

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