Uma das organizações humanitárias mais conhecidas e valorizadas do mundo é a dos Médicos Sem Fronteiras (MSF). Ela seleciona médicos e profissionais da área de saúde de todos os países para oferecerem ajuda em situações de grave crise.
Além de estar presente em guerras, conflitos e catástrofes, também tem como missão alertar o mundo sobre situações quase sempre desconhecidas pelas outras populações. Abandono, violência, miséria e doenças são algumas das situações encontras pelos Médicos Sem Fronteiras, muitas vezes abaixo da dignidade humana.
Médicos sem Fronteiras: como tudo começou
O foco principal dos Médicos Sem Fronteiras é levar auxílio médico a quem precisa de assistência imediata, mas o trabalho deles vai muito além disso.
Tudo começou com a união de médicos de diversas especialidades e jornalistas, que se conheceram num trabalho voluntário na África e que se incomodaram com a neutralidade política da Cruz Vermelha em situações extremas. Decidiram então criar uma organização que ajudasse diretamente essas pessoas, mas também mostrasse a situação que vivem para o mundo.
Com a proposta de ir além de qualquer fronteira nacional para levar tratamento médico a qualquer pessoa que necessite, sem fazer restrições políticas, religiosas ou raciais, o trabalho inclui outras atividades após o tratamento imediato.
Essas, por sua vez, incluem campanhas de vacinação, controle de epidemias, ajuda de refugiados e sem tetos, revitalização de hospitais e postos de saúde, treinamento de outros profissionais, acesso da população a medicamentos, ações contra a mortalidade infantil, etc.
Os jornalistas são fundamentais para essas ações, como também para levantar conflitos que não podem ser esquecidos, mas que estão engavetados pela mídia. Ao lado das Nações Unidas, os MSF lutam contra as violações aos Direitos Humanos e as atrocidades ocorridas em comunidades sem representações sociais.
Conheça o Programa Médico Sem Fronteiras
Presente em mais de 70 países, a organização é financiada por doações de empresas, ONGs, pessoas físicas, corporações e também por governos de alguns países.
Embora o perfil seja voluntariado, seus profissionais recebem salários e participam de um processo de seleção muito difícil. Afinal, não é só um trabalho para médicos, mas também uma mudança no estilo de vida, com perspectiva de muitas experiências relevantes.
O processo seletivo é bastante rigoroso e a procura pelo trabalho é grande, mas não pelos ganhos financeiros e sim pela possibilidade de salvar vidas e contribuir para mudanças reais e significativas no mundo.
Os Médicos Sem Fronteiras procuram médicos que queiram construir uma carreira, viajando pelo mundo e em vários contextos diferentes, com treinamentos constantes e capazes de trabalhar em situações de extrema precariedade e risco.
O candidato precisa enviar um currículo escrito em francês ou inglês e, se for selecionado, haverá um primeiro contato telefônico. A próxima e última etapa é presencial, com reuniões, entrevista e testes que costumam durar um dia inteiro. Os aprovados ficam numa lista de espera e vão sendo chamados de acordo com a necessidade da organização.
Riscos e Recompensas
Os Médicos Sem Fronteiras vivem em clima de alta-tensão. Embora haja um código de ética mundial que proíbe que um médico de qualquer nacionalidade seja punido por exercer sua atividade, alguns do MSF acabaram mortos ou feridos em bombardeios.
Nem sempre eles recebem autorização para implantar seus recursos na área de conflito, mas, mesmo assim, procuram formas de driblar os impedimentos e se instalarem. Em situações de extrema gravidade, a ajuda se estende a alimentação, água e abrigos, até a situação voltar a ser minimamente restabelecida.
O sistema de logística do MSF é inteligente e muito bem organizado, capaz de chegar a um local onde ocorreu algum tipo de catástrofe em menos de 48 horas com toda sua estrutura. Entretanto, a organização é independente e imparcial, fazendo as escolhas de onde serão suas próximas áreas de atuação.
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