A vocação pode ser sentida por uma inquietação. Ela muitas vezes não é aceita, embora a disposição natural do espírito demonstre constantemente a inclinação do indivíduo para aquela profissão. O termo origina-se da palavra latina “vocatio”, que significa justamente a aptidão pessoal para determinado ofício. A área médica é uma das que mais evidencia a vocação dos profissionais.
A ligação que um trabalhador tem com a sua função muda de acordo com a sua predisposição para com ele. Quem opta por seguir uma profissão que não é sua vocação, possui mais liberdade. No entanto, a ligação com ela é também mais superficial. Vemos que há vocação quando percebemos a ligação intensa e profunda entre profissional e profissão.
Há muita confusão com o significado de vocação. Por vezes, é tomado como um sinônimo de trabalho ou prazer. Mas, para estabelecer uma boa conceituação, devemos entender o termo mais como uma relação de amor entre o profissional e a sua prática.
Para ter amor por algo ou alguém, devemos, antes de tudo, aceitar a realidade. Em uma relação matrimonial, por exemplo, o casal precisa aceitar fardos do cotidiano. Nem sempre as coisas estão como se deseja. E a aceitação do sofrimento só existe quando existe o amor.
A vocação médica passa pela aceitação de todas as dificuldades que ela traz. Dessa forma, é até possível medir o nível de vocação de alguém pela resistência do profissional ao sofrimento do cotidiano. O médico, quando possui essa virtude, se doa para a medicina e aceita de bom grado os fardos do dia a dia.
A medicina é uma das áreas em que o profissional precisa ter um conhecimento técnico e teórico profundo. Mas, além disso, para exercer a profissão, deve encarnar uma postura humanística e ética. Não é possível ser médico não gostando de pessoas. Nesse sentido, a vocação nessa área de trabalho é primordial.
Dada a responsabilidade da área, um médico sem vocação não estaria apenas se prejudicando. Toda a sociedade perde muito se os profissionais exercem a profissão apenas pelo dinheiro ou pela satisfação pessoal.
Portanto, para ser médico, não basta ter o conhecimento suficiente para passar no vestibular. Esse fato é tão importante que muitos especialistas sugerem um exame psicotécnico para selecionar não só os candidatos que sabem mais, mas aqueles que também possuam as características que evidenciam a vocação.
Em um mundo que parou de ver no transcendente a finalidade da existência, os profissionais acreditam que é o trabalho que deverá trazer a satisfação para a vida. Isso se tornou preocupante, pois, além de criar uma geração de frustrados, no caso da área médica, a própria saúde da população está em risco.
O trabalho como finalidade da existência se tornou um problema para os países, mas o quadro pode ser melhorado com o entendimento da vocação. Médicos que entendem a natureza da área sabem que, além do conhecimento técnico e teórico, é preciso ter uma ligação existencial com a profissão.
E você, tem vocação para a medicina? Conte-nos, e aproveite para ler outros artigos do blog para ter mais informações importantes sobre a área médica!
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