O termo CID 10 é um velho conhecido dos profissionais de saúde. A sigla refere-se a “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”. Em textos de organizações e instituições internacionais, pode aparecer como ICD – da nomenclatura em inglês, “International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems”.
Trata-se de um guia utilizado para catalogação de doenças, unindo-as em grupos e subgrupos divididos de acordo com suas semelhanças, origens, sintomas, causas, efeitos e aspectos circunstanciais. É elaborada e publicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está em vigor desde 1993. Revisões eventuais são feitas de acordo com as necessidades mundiais e avanços científicos. Anualmente, a tabela é reeditada pela OMS com pequenas alterações.
Em síntese, a CID 10 é uma lista estruturada e organizada para facilitar e padronizar diagnósticos. Além disso, o índice é responsável pela medição e coleta de dados. Essas informações permitem aos profissionais de saúde conhecer estatísticas específicas de cada enfermidade, como taxas de mortalidade e ocorrência e mapeamento regional da incidência da doença. A CID também promove uma melhor comunicação indireta entre diferentes especialidades médicas e órgãos governamentais.
A CID 10 é uma lista construída em um esquema estrutural idealizado para facilitar o trabalho de profissionais de saúde que precisem consultá-la. O manual conta com 22 capítulos, sendo que cada um corresponde a um grande grupo geral de doenças e transtornos, divididos de acordo com particularidades semelhantes.
Cada grupo engloba uma listagem de códigos, designados por uma letra e dois numerais, que podem ir de 00 a 99. O primeiro capítulo, “Algumas doenças infecciosas e parasitárias”, por exemplo, abrange do código A00 até B99. Já o segundo capítulo, “Neoplasmas”, que aborda uma diversa gama de tumores, vai do código C00 até D48. O terceiro, “Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários”, por sua vez, inicia no código D50, e assim sucessivamente até o código U99, que finaliza o 22º capítulo.
Além dos capítulos, dentro da CID 10 existem formas mais minuciosas de classificação. Dentro dos 22 capítulos, estão inseridos 275 grupos, que englobam 2.045 categorias. Estas, por sua vez, dividem-se em 12.541 categorias. Assim, dentro de cada grupo está um número x de categorias. Em cada categoria, encontram-se subcategorias. Essa divisão garante a especificidade da pesquisa e facilita o trabalho do profissional.
Cada enfermidade é identificada por um código específico, iniciado por CID 10. Após a identificação da tabela, há o código de uma letra e dois números correspondentes ao grupo em que a doença está inserida. Por fim, a catalogação se encerra com um dígito específico. O primeiro capítulo da CID 10, “Algumas doenças infecciosas e parasitárias”, inicia com o código A00, que diz respeito a Cólera. Logo, todos os tipos de cólera terão sua classificação iniciada por “A00”. Para diferenciar cada um desses tipos, contudo, é designado um dígito final próprio. Exemplificando: para referir-se simplesmente a Cólera, o profissional poderá encontrar o que procura na tabela como “CID 10 – A00”. Para definir cólera causada por Vibrio cholerae 01 com biótipo cholerae, o código correto será “CID 10 – A00.0”. Para cólera não especificada, “CID 10 – A00.9”. Essas pequenas diferenciações entre categorias e subcategorias se repetirão nos códigos de todos os capítulos.
Existem ferramentas on-line que permitem ao profissional fazer a busca por código ou pelo nome da doença. O link oficial do Ministério da Saúde brasileiro é o http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.htm, que permite a pesquisa por termos e critérios específicos – como sintomas, por exemplo – através da instalação de um software específico para Windows. Também é possível consultar uma versão simplificada no seu próprio navegador, sem a necessidade de downloads.
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