A Psicologia é semelhante a uma barca à beira de um rio extenso e profundo. Todo aquele que deseja descobrir o que de fato existe na outra margem, em algum momento, terá de fazer uso dela. E o psicólogo, portanto, não é outro senão esse “barqueiro”, que ajuda nessa travessia.
Mas o perfil desse “navegador da experiência humana” já não é o mesmo do passado. Num mundo “hiperconectado”, de demandas aceleradas e relações fugidias, as qualidades de um bom psicólogo vão além dos itens conhecidos das cartilhas de indícios vocacionais (“interesse pelo comportamento humano”; “ética, domínio técnico e conhecimento teórico”; “capacidade de acolhimento, escuta e comunicação”; “forte intuição e empatia”).
Além das habilidades básicas, um bom profissional deve entender também da “Psicologia” do mercado em que atua, e traçar planos para o desenvolvimento da própria carreira.
Atualmente, os profissionais da área chegam a trabalhar em diversos ambientes e com vários tipos de público. Por isso, ele terá que potencializar características antes “implícitas”, mas que agora, em razão do tempo curto, exigem atenção, foco contínuo e horários definidos na agenda: “bagagem cultural”; “estudo e aperfeiçoamento constante”; “atividades extracurriculares que estimulem a curiosidade investigativa”; “uso de ferramentas online para agendamento de consultas, organização de agenda e prontuários”; “workshops e cursos livres”. Enfim, tudo que mantenha seu olhar curioso sobre o mundo e, consequentemente, expanda sua habilidade para lidar com pessoas de faixas etárias e classes sociais variadas, além dos diferentes “perfis culturais”.
Entretanto, apesar de fazer a diferença para os mais variados tipos de pessoas, chegará o tempo de se definir por um público alvo. Permanecer indefinidamente atendendo a toda espécie de caso impedirá o foco numa linha de estudo e abordagem, nivelando medianamente os resultados obtidos.
Planejamento estratégico não é expediente exclusivo de administradores, contadores ou engenheiros. Pois é dentro de seu plano estratégico que serão definidos itens essenciais como “Missão”, “Visão” e “Valores”, independente de você atender como pessoa física ou jurídica.
A “missão” é o porquê de você estar onde está, associando trabalho e sentido de vida. Agora, a “visão” é o olhar do profissional para o amanhã, projetando seus objetivos e metas de forma inspirada, mas viável, com prazos reais e executáveis.
Já os “valores” conduzirão as ações e decisões do dia a dia. Estabeleça claramente cinco ou mais “valores” de conduta. Adotados com disciplina, eles ajudarão a construir sua imagem como “agente promotor de saúde e bem estar”.
A abertura para novas tecnologias e a assessoria de profissionais de outras áreas também ampliarão o olhar do profissional sobre a gestão da própria carreira.
É muito importante entender que, atualmente, a tecnologia é uma aliada fundamental para o bom desempenho do psicólogo. Você sabia que existem softwares médicos extremamente eficazes que auxiliam na gestão do consultório de psicologia e dos pacientes? E que inclusive podem ajudá-lo na parte estratégica e no marketing do consultório? Já pensou se, no seu software médico, além de gerenciar seus pacientes, você pudesse também criar e conduzir o seu próprio site e blog?
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E finalmente, a Psicologia deve contar com profissionais que compreendam e aceitem suas próprias limitações, mantendo a autoconsciência sobre suas próprias dificuldades e necessidades (valeu no passado e ainda vale hoje). Só assim terão maior controle sobre a ingerência de seus próprios fatores psíquicos na relação com seus clientes.
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