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Quantos médicos se formam por ano no Brasil?

O Brasil conta com 450 mil médicos com CRM ativo no país (dado de 2018). Esse número está aumentando nas maiores taxas já vistas na história.

Os programas eleitoreiros do governo fizeram com que várias vagas fossem abertas em faculdades do país inteiro e que houvesse flexibilização para entrada de médicos estrangeiros no país sem o Revalida, exame que comprova a proficiência desses profissionais na área médica.

Em 2018, se formam cerca de 25 mil médicos no país. Um aumento de 5,5% ao ano.

A expectativa era que esses profissionais se interiorizassem, mas a necessidade de especialização e atuação em um mercado cada vez mais competitivo faz com que os recém-formados permaneçam nos grandes centros. Esse cenário faz com que o valor da mão de obra caia e a remuneração fique bem abaixo da esperada.

Os profissionais que conseguem se destacar acabam em consultórios particulares ou criam clínicas que cada vez mais se especializam. Oferecer um bom serviço técnico é uma obrigação, somada a cada vez mais a necessidade de oferecer uma excelente experiência para o paciente com o serviço.

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O Brasil tinha um grande déficit de médicos por habitantes, mas esse quadro vem melhorado muito desde o começo da década. A criação de novas faculdades e cursos de medicina está formando cada vez mais profissionais por ano, mas ainda não é o suficiente para ocupar as vagas ociosas pelo país.

São 310 faculdades de medicina, o que o torna o Brasil primeiro no mundo em quantidade de vagas. Essa extensão visa suprir o interior do país, onde há maior dificuldade de preencher os espaços.

Médicos Formados Anualmente

O maior desafio é formar profissionais aptos para o desempenho da função. Mas os Conselhos de Medicina estão supervisionando com atenção, todos os cursos, principalmente os mais recentes, para que haja qualidade e não apenas quantidade de médicos.

Atualmente, a taxa de médicos por cada 100 mil habitantes aumentou para 10,35 e a tendência é melhorar. Bem próximo dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que hoje é estipulado em 10,56. O indicador é ótimo, sobretudo se consideramos países como EUA com 6,5 e Suíça com 9,4.

Esse índice melhora porque há mais médicos se formando do que se aposentando. A previsão para até 2020 é que 32 mil médicos se formem por ano. Em 2016, já foram 21.109 médicos formados e lançados para o mercado de trabalho. Apesar dos significativos números que aumentam anualmente, a desigualdade na distribuição ainda é um desafio. A grande maioria permanece nas grandes capitais e majoritariamente no sul e sudeste.

Mesmo o interior reunindo o maior número de pessoas, com média de 70% da população, há apenas 1,23 médicos por 100 mil habitantes, contra 4,84 das capitais. A situação se reflete nas regiões, onde o Sudeste possui 42% da população e tem 55,4% de médicos, contra o Nordeste que tem 27,8% da população e 17,4% dos médicos. As mais equilibradas são o sul, com 14,3% da população e 15% dos médicos, e o Centro Oeste, com 7,7 da população e 7,9% médicos do país.

O Maranhão é o Estado com menor quantidade de médicos por habitantes, seguido do Pará, Amapá e Acre. Os melhores são Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. O que explica a concentração dos profissionais são as melhores condições de trabalho das grandes cidades, com centros médicos melhores equipados, em oposição às cidades do interior, sem a mínima estrutura de atendimento.

Médicos aprovados pelo revalida
Para médicos formados em outros países, inclusive brasileiros, o MEC criou o Revalida, que é um exame que visa validar os diplomas médicos adquiridos em Instituições de ensino Superior de outros países. Aos médicos que passarem na prova, é dada a autorização para trabalhar no país. Sem o revalida, os médicos formandos em outros países não podem exercer sua profissão no Brasil.

Criado em 2011 como forma de unificar o processo de revalidação do curso, o índice de aprovação tem melhorado com os anos. Saltou de 30% para 54% de médicos aprovados, o que lança no mercado cerca de 2 mil profissionais por ano.

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Escrito por
Equipe iMedicina