O conceito de telemedicina pode ser entendido como o exercício de determinados atos médicos à distância. Atos esses que objetivam a orientação, diagnóstico, pesquisa e tratamento de pacientes de forma remota, utilizando tecnologia da comunicação multimídia para que seja realizado.
A telemedicina serve também para que profissionais e gestores de saúde troquem informações médicas e de processos para que os protocolos em saúde fiquem cada vez mais eficientes em diversos locais do país.
Da mesma forma que o home office vêm ganhando espaço numa sociedade mais dinâmica e tecnológica, os atendimentos virtuais na área da medicina também alcançam um papel de destaque diante do cenário que vem surgindo.
O recurso ainda gera alguma desconfiança dos mais conservadores mas, apesar de não ter sido amplamente normatizado no Brasil, teve um avanço evidente nos últimos meses, com a pandemia do coronavírus. O assunto já é bastante comentado na classe médica e vamos te dar aqui os 5 motivos para que você também passe a se inteirar desse tema.
Neste post, listamos 5 razões para que você passe a entender mais sobre esse assunto e a considerar essa tecnologia no seu consultório médico. Saiba quais são elas:
Se engana quem pensa que a relação médico-paciente não será impactada pelo cenário pandêmico que estamos vivendo. Assim como diversos outros setores da economia, os serviços médicos também sofrerão uma grande mudança e precisarão se adaptar para enfrentar a nova economia do país e os novos hábitos dos consumidores.
A verdade é que as atividades online, que envolvem tecnologia e comunicação à distância, vêm se consolidando há bastante tempo. Seja pela comodidade de apertar um botão e adquirir o serviço, seja pela celeridade dos processos e maior alcance, está mais que claro que as conveniências trazidas pela tecnologia transformaram a realidade do consumo.
No Brasil, a teleducação, emissão de laudos à distância e teleassistência são algumas das principais frentes da telemedicina que conseguiram mais alcance em virtude do regimento escasso. No entanto, ainda não se ouvia falar tanto dessa temática até serem liberadas as consultas por teleatendimento.
Durante a pandemia, as empresas que já estavam preparadas para quando esse momento chegasse, lançaram ferramentas de telemedicina que possibilitam o profissional realizar a assistência médica com toda a segurança. É notável a adesão tanto dos profissionais, que tiveram seus consultórios e clínicas fechadas pela necessidade do afastamento social, como pela população, que sem esse serviço básico se viu amparada pelos seus médicos.
Em 19 de março de 2020, o CFM publicou um ofício flexibilizando o uso da telemedicina com o intuito de consentir o seu uso excepcional aos profissionais da medicina, que antes não podiam realizar consultas virtuais.
Na sequência, o Ministério da Saúde reconheceu a eticidade e eficiência do recurso como forma de minimizar os riscos de contágio da Covid-19, garantindo que a população tenha acesso à saúde obedecendo às diretrizes de isolamento social.
A medida, apesar de ter validade apenas durante a crise ocasionada pelo vírus, autoriza expressamente que os profissionais se valham da tecnologia para atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, consulta, monitoramento e diagnóstico.
Isso já demonstra indícios de que o país está pronto para fazer da telemedicina uma metodologia de atendimento constante e integrada na sociedade.
A China é um dos precursores do uso dessa tecnologia para fornecer informações e laudos médicos. Além dela, Canadá, México, Austrália, Japão, Bangladesh, Rússia e Estados Unidos vem ampliando e aperfeiçoando seu uso para melhorar o suporte médico do país.
O atendimento virtual já é um fato consumado em milhares de organizações de saúde em diferentes lugares pelo mundo, com suas respectivas regulamentações.
O crescimento significativo da telemedicina no mundo se deu entre 2014 e 2020, mas não parou por aí. Uma pesquisa estima que esse mercado atingirá a US$ 64,1 bilhões até 2025, nos Estados Unidos, onde 76% dos hospitais já se conectam com pacientes e outros profissionais remotamente.
Os benefícios percebidos pela regulação precoce do serviço já são incontáveis nesses lugares. As internações hospitalares caíram em média 44% nos Estados Unidos graças ao apoio médico remoto. Com ele é possível ter mais alcance e celeridade nas triagem, o que auxilia o encaminhamento mais ágil, evitando a piora do paciente.
Sim! A telemedicina é vantajosa para profissionais e pacientes.
Podendo atender à distância, o profissional é capaz de suprir a necessidade de sua especialidade em qualquer lugar do país ou do mundo. Assim, seu campo de atuação deixa de ficar restrito apenas aos locais físicos de atendimento.
Caso o paciente se mude e precise de orientação e acompanhamento, o profissional poderá continuar seu trabalho com aquela pessoa, sem precisar encaminhar-se ao local. Claro, desde que seja possível executar por videochamadas.
O custo para oferecer o serviço também uma vantagem, já que para implantar a telemedicina não é necessário grande infraestrutura. A maioria das plataformas de prontuário eletrônico já oferecem o serviço integrado com toda segurança necessária para desempenhá-la.
Os pacientes ganham em agilidade e cuidado mais próximo do seu médico. Uma consulta virtual não precisa de deslocamento, de modo que tanto a saúde do paciente quanto do profissional ficam resguardadas em casos de vulnerabilidade.
A supressão do deslocamento ainda auxilia pessoas com dificuldade de locomoção, que podem receber suas orientações médicas sem sair de casa.
Moradores de lugares mais afastados também obtêm laudos médicos especializados, mesmo que não haja especialista naquele local.
Ainda que não haja diretrizes contundentes sobre esse tema até o presente momento, será inevitável que isso ocorra em um futuro bem próximo.
As discussões sobre os valores éticos na telemedicina ainda causam dúvidas aos profissionais mais tradicionais. Contudo, a eficácia dessa modalidade de atendimento tem se mostrado inquestionável em relação ao alcance da assistência médica nos tempos de pandemia.
Verdade seja dita, estamos bastante atrasados em relação ao uso da telemedicina como forma alternativa de suprir assistência médica. Boa parte dessa delonga envolve a falta de regulamentação necessária.
A proporção que essa inovação se demonstrar útil perante a sociedade, entre profissionais e pacientes, não há mais como retroceder. Precisaremos de diretrizes estruturadas e organizadas para viabilizar a telemedicina como auxílio à medicina tradicional.
Quer saber mais sobre esse assunto? Entenda como a telemedicina pode ser aplicada no seu consultório.
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