Com a pandemia da Covid-19, houve um considerável crescimento no número de atendimentos por telemedicina. A ampliação do acesso à consulta online representa um grande salto para o futuro da medicina.
Neste artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre os avanços tecnológicos que permitiram o formato atual de atendimento remoto utilizado no Brasil. Então, se você tem interesse no tema, continue a leitura.
Há uma forte relação entre a medicina e a tecnologia. Prova disso, é que o setor de saúde é um dos que mais evoluíram nos últimos anos. Entre as diversas inovações que surgiram, está a telemedicina.
Ainda, a reunião de tecnologias de telecomunicação e informação (TIC) possibilitou o atendimento à distância de pacientes, a aproximação entre médicos e especialistas e até o ensino da medicina.
O primeiro relato da aplicação da telemedicina se deu após a invenção do estetoscópio, em 1910. A partir dele, foram desenvolvidos amplificadores que transportavam os sinais por mais de 80 quilômetros.
Porém, no Brasil, a medicina à distância só começou a ser discutida em 1990, voltada especificamente para as instituições de ensino. Apesar disso, existem relatos de que a primeira utilização deste recurso no país foi em 1985.
Nesse ano, médicos da Universidade Estadual de Campinas realizaram a emissão remota de laudos médicos por meio de uma rede de comunicação em função de uma contaminação pelo composto radioativo Césio-137.
Posteriormente, em 1994, foram desenhados os primeiros projetos de telemonitoramento cardíaco. No ano de 2000, o e-mail passou a ser utilizado como canal para a leitura e discussão de laudos.
Entretanto, apenas em 2005 é que a telemedicina foi, de fato, inserida no Brasil. Neste ano, o Ministério da Saúde lançou o Programa Nacional de Telessaúde, um projeto que visava melhorar a qualidade do atendimento e da atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualmente, esse projeto se chama Telessaúde Brasil Redes, passando a abranger estabelecimentos que realizam teleconsultoria e telediagnóstico. Além disso, existem mais de 25 instituições focadas em atendimentos à distância.
No Brasil, a primeira regulamentação da telemedicina ocorreu apenas em 2002, através da resolução CFM 1.643/02. Nesta norma, o atendimento remoto é definido como o exercício da Medicina através do uso de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.
Posteriormente, o CFM tentou aprofundar esta regulamentação, mas a norma foi revogada, prevalecendo a resolução de 2002. Apenas em 2019, em função da pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Saúde publicou a Lei nº 13.989/2010
Ainda, esta legislação flexibilizou a aplicação da telemedicina em caráter temporário. Por ocasião desta lei, a consulta online passou a ser realizada, sendo bem recebida tanto pelos paciente quanto pelos profissionais de saúde.
Embora ainda não exista uma regulamentação que se aprofunde na utilização da telemedicina, a prática já está presente no Brasil. Dentre as aplicações autorizadas no país, podemos citar as seguintes:
O cenário de crise possibilitou a ampliação do acesso ao atendimento à distância. Com isso, mesmo com a dissolução deste cenário, as plataformas de telemedicina se tornaram a principal tendência para os próximos anos, especialmente no Brasil.
Isso porque, além de trazer praticidade, redução de custos e agilidade à assistência médica, a consulta online elimina as barreiras físicas, encurtando distâncias e dando capilaridade ao acesso à saúde.
Porém, a consulta online não tem por objetivo substituir o atendimento presencial. Na verdade, esse formato é complementar. Neste sentido, outra tendência é a ampliação do atendimento híbrido.
Ainda, essa modalidade consiste no uso da telemedicina para consultas de retorno, para acompanhamento do paciente ou para análise de resultados, mantendo o atendimento presencial para as primeiras consultas ou situações que exijam a análise física do paciente.
Com a ampliação do acesso à telemedicina, ocorrerá um aumento no número de videoconferências entre centros hospitalares, proporcionando a troca de conhecimento entre especialistas e generalistas.
Por fim, mais uma tendência para os próximos anos é o aumento no uso do telediagnóstico, modalidade que consiste na confirmação de diagnósticos à distância, emissão de laudos e realização de exames.
Um dos principais objetivos da telemedicina é facilitar o acesso à saúde, possibilitando que o maior número de pessoas possível tenha a possibilidade de consultar-se com um profissional de saúde.
Ademais, a consulta online permite que pessoas com dificuldade de locomoção, pacientes crônicos e idosos consigam manter o tratamento sem precisar se deslocar. A telemedicina faz com que o atendimento médico chegue a lugares distantes, democratizando o acesso.
Além disso, a consulta online permite que haja uma redução na lotação dos centros de saúde, um dos grandes gargalos da saúde pública no Brasil. Nessas situações, o paciente não consegue atendimento e pode ter que lidar com a evolução do seu quadro.
Porém, com a assistência médica à distância, ele pode ser diagnosticado e acompanhado remotamente, sem a necessidade de se deslocar até o centro médico, preservando sua saúde e recebendo a orientação necessária.
Enfim, a consulta online já é uma realidade, mas o seu futuro é ainda mais promissor. A aplicação da telemedicina nas instituições de saúde traz benefícios para o paciente, profissionais de saúde e para a própria organização.
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