As redes sociais revolucionaram a forma como as pessoas se relacionam e se comunicam. Por isso, são essenciais para uma estratégia de marketing médico. No entanto, nem tudo é permitido, pois, existem restrições impostas pelo Código de Ética Médica.
Você conhece essa norma? Sabe quais são essas limitações? Então, recomendamos a leitura deste artigo antes de iniciar suas ações nessas plataformas. A seguir, você entenderá mais sobre o tema.
Apenas no Brasil, as redes sociais possuem mais de 95 milhões de usuários, com estimativa de alcançar o total de 114 milhões até o ano de 2023. Assim, a simples análise desses números explicam a importância de considerar estas plataformas na sua estratégia de marketing médico.
Além do potencial de alcance, as redes sociais são os principais canais de comunicação utilizados pelas pessoas, o que faz com que se tornem o lugar ideal para criar e fortalecer o relacionamento com os pacientes.
Outrossim, ao desenvolver conteúdos para essas plataformas, você ganha maior visibilidade, transmite credibilidade e fortalece sua presença digital. Por essas razões, as redes sociais são ferramentas fundamentais para atrair e fidelizar pacientes.
Em razão das inúmeras redes sociais que existem e as particularidades de cada uma delas, não é uma tarefa fácil escolher quais plataformas utilizar. Então, para ajudar você nessa tomada de decisão, listaremos alguns aspectos importantes:
Agora que você entendeu a importância das redes sociais para o marketing médico e conheceu algumas dicas de como escolher aquelas mais interessantes, precisamos falar sobre como utilizar essas plataformas.
Diferente de outras áreas de atuação, os profissionais de saúde estão sujeitos a diferentes normas que regulamentam a publicidade médica. Essas limitações buscam incentivar as boas práticas e a manutenção do respeito entre médicos e pacientes.
Assim, a fim de contemplar as mudanças provocadas pela transformação digital e pelo surgimento de novas tecnologias, o Código de Ética Médica (CEM) foi atualizado em 2019, passando a regular o uso das mídias digitais como meio de divulgação e publicidade.
Ainda, o marketing médico é regulamentado pelas resoluções n.º 1.974/11 e 2.126/15, que esclarecem o que pode e o que não pode ser feito nessas ações. No primeiro caso, a norma trata dos seguintes pontos:
Com a necessidade de acompanhar a evolução digital, o Conselho Federal de Medicina (CFM) complementou a norma anterior através da resolução n.º 2.126/15 que trata sobre a ética médica na internet e nas redes sociais. As suas principais orientações são:
Ademais, a normatização do uso das redes sociais tem por objetivo estabelecer parâmetros para a prática profissional, de forma que predomine o respeito ao outro e não haja exposição desnecessária ou a quebra do sigilo, protegendo a privacidade dos pacientes.
Então, ao planejar qualquer ação de publicidade médica, você precisa considerar o teor dessas resoluções e adaptar suas estratégias ao Código de Ética Médica. Com todas essas limitações, você talvez se pergunte: como usar as redes sociais sem ferir essas normas? É sobre isso que falaremos a seguir.
A observância das restrições impostas pelo CFM não é benéfica apenas para os pacientes, mas também para os médicos. Isso porque valoriza a sua conduta ética e o protege de possíveis ações judiciais movidas por terceiros.
Ao mesmo tempo, esses profissionais não devem ignorar o poder da publicidade e o potencial das redes sociais. Portanto, saiba que é possível marcar presença nessas plataformas sem ferir o Código de Ética Médica. Como? Por meio das seguintes práticas:
A internet é a principal fonte de informação da população sobre problemas de saúde. Desse modo, é de extrema importância produzir conteúdos relevantes para o seu público, mantendo-os informados e aumentando a sua autoridade.
Assim, procure conhecer as principais dúvidas relacionadas a sua área de atuação e prepare postagens para respondê-las. O marketing de conteúdo é um recurso estratégico para gerar mais engajamento nas redes sociais.
O Facebook, Instagram e YouTube são plataformas que favorecem a interação e o relacionamento entre clientes e marcas. No caso dos médicos, contribuem para que mantenham uma comunicação ativa com os pacientes.
Porém, ao interagir com seu público, lembre-se que você é um profissional e tem um nome a zelar. Então, independente do teor das mensagens recebidas, seja sempre respeitoso ao se comunicar.
O Código de Ética Médica trata especificamente deste ponto. As redes sociais não são plataformas próprias para a prescrição de medicamentos ou para o diagnóstico de pacientes. Salvo algumas exceções, o atendimento médico deve ser realizado presencialmente.
Um erro muito comum é o uso do perfil pessoal nas redes sociais para a comunicação com pacientes e o compartilhamento de conteúdos voltados para esse público. Na verdade, esse tipo de perfil deve ser utilizado para a interação com amigos e familiares.
Ao criar um perfil profissional, você evita situações difíceis de controlar, tais como, perda da intimidade da vida privada ou violação dos limites profissionais. Então, não misture assuntos pessoais com profissionais, utilize cada perfil para o fim apropriado.
Com um número cada vez maior de fake news compartilhadas na internet, a era da informação também é a da desinformação. Por isso, antes de compartilhar qualquer conteúdo, principalmente, nos seus perfis profissionais, verifique a fonte.
Ainda, ao distribuir uma informação, você passa a ter responsabilidade sobre ela e pode responder como se fosse o seu autor. Assim, não promova, não aprove e nem siga perfis conhecidos por divulgar informações falsas ou que não respeitem o senso moral e ético.
Enfim, as redes sociais são instrumentos necessários para uma boa estratégia de marketing médico. Por isso, basta respeitar as limitações do Código de Ética Médica e das resoluções do CFM para alcançar resultados satisfatórios sem o risco de sofrer sanções.
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