Se credenciar a uma operadora de planos de saúde pode ser uma boa opção para a carreira, mas é necessário ter cautela
Há diversas operadoras de planos de saúde às quais os médicos podem se credenciar, e esta associação pode ser uma boa escolha para a carreira do profissional. No entanto, é sempre necessário ter cautela, especialmente quando se lida com grandes empresas do ramo, que nem sempre respeitam todas as cláusulas acertadas entre médico e plano de saúde.
Mas o que é o credenciamento? O conceito é bastante simples. Um médico se credencia a algum plano de saúde, e os segurados por este plano poderão utilizar seus convênios para ser atendidos pela clínica ou pelo profissional credenciado. O médico fica ainda no catálogo da empresa que oferece o plano de saúde, ganhando assim visibilidade e possibilidade de conseguir mais pacientes novos.
Mas existem contras também. Ao se credenciar a um plano de saúde, o médico se submete a fazer consultas por um preço muito reduzido em relação ao que faria se atendesse de forma particular aos pacientes. Se por um lado, um médico ganha pacientes ao aderir a um plano de saúde, por outro, terá de atender sempre mais para obter um lucro rentável. Existe ainda um contrato e exigências às quais o profissional terá de seguir para se encaixar á empresa que se credenciou, e estas especificações variam de operadora para operadora.
Especialmente médicos em começo de carreira têm o costume de se associar a planos de saúde para conseguir mais pacientes e já construir uma imagem enquanto profissional, a fim de fidelizar seus atendimentos. No entanto, é bom tomar cuidados com toda a burocracia para que o médico não se torne um refém do plano de saúde. Os profissionais têm o direito de se credenciar a quantos planos desejarem, logo, operadoras são proibidas de assinar contratos exclusivos com os médicos.
Credenciamento ao plano de saúde
Para se credenciar a um plano de saúde, o profissional interessado deve se dirigir diretamente à operadora do plano, e seguir suas exigências. Para o médico, enquanto pessoa física, normalmente são exigidos os seguintes documentos: Cadastro de Constituintes Mobiliários (CCM) ou Imposto Sobre Serviço (ISS); Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES); Certificado atualizado no CRM; Alvará atualizado da vigilância sanitária; Alvará atualizado de funcionamento; currículo; diploma; CPF e título de especialista do responsável técnico; CRM do responsável técnico; comprovante bancário e dados do local de atendimento.
O SUS, apesar de público, também é considerado um plano de saúde. E como todo bem público, sua liberação de verbas acontece através de editais aos quais o profissional concorre. Ao ser contemplado pelo edital, que costuma ter vigência de dois anos, o médico é considerado um funcionário público, mesmo que atenda em seu próprio consultório. É obrigatória a oferta de pelo menos 30 consultas ou exames por mês.
Faturamento
Se por um lado, se credenciar a um plano de saúde pode parecer fácil e simples, por outro, receber pelas consultas realizadas pode ser um processo burocrático e complicado. Recomenda-se ter sempre em mãos (e em mente) o contrato de credenciamento para evitar problemas.
Por cada consulta ou procedimento realizado, o médico preenche um Guia TISS. Ao fim do mês, os profissionais cadastram todas as guias e seus detalhes em um sistema na internet. Feito isso, é o momento de imprimir e enviar as guias até as operadoras, que ficam incumbidas de fazer a análise e o respectivo pagamento da fatura.
Existe ainda a possibilidade de a operadora glosar, por alguma razão, algum dos guias. Glosar significa não aceitar a legitimidade do procedimento realizado pelo profissional, deixando de pagá-lo pelo serviço. O médico tem a possibilidade de recorrer da glosa, corrigir o que se pede e requerer o pagamento novamente.
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