A Classificação Internacional das Doenças, ou simplesmente CID, é a forma abreviada para designar a Classificação Estatística Internacional das Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. A lista de classificação tem como referência a Nomenclatura Internacional de Doenças (NID), adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
É usada uma das duas classificações de referência internacional da OMS para descrever as doenças em seus vários estados. A OMS estabelece ainda a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a qual classifica as funcionalidades e incapacidades relacionadas à doença.
Hoje, o CID-10 corresponde a sua décima e mais recente revisão e representa o padrão internacional de classificação para o diagnóstico, tanto com finalidades epidemiológicas quanto de administração da saúde, servindo de base de dados para analisar e monitorar a situação da saúde de maneira geral e de grupos individuais, permitindo acompanhar as taxas de incidência e/ou prevalência de determinadas doenças e outros estados de saúde.
Após a última revisão, todos os países que adotaram esta nova referência de classificação assumiram o compromisso com a OMS de criar condições e treinar os seus profissionais de saúde, de maneira a permitir a codificação correta das classes de doenças e seus problemas relacionados.
Parte deste compromisso é garantir a disponibilização dos recursos viáveis para a codificação, disponibilizando todo o conteúdo e suas atualizações para todos os profissionais de saúde em seus locais de trabalho, quer seja na forma impressa ou digital, garantindo o treinamento continuado no uso desta tecnologia.
A crescente adoção desta classificação diagnóstica em prontuários de pacientes nas unidades de saúde é um processo que necessita de planejamento na sua implantação, além de treinamento contínuo e atualizações dos profissionais, tendo em vista também que o próprio código internacional sofre atualizações periódicas.
No Sistema Único de Saúde (SUS) o trabalho de disseminação eletrônica para utilização padronizada da codificação foi implementado pelo DATASUS. Os programas de computadores (softwares) permitem a utilização do CID-10 de maneira padronizada.
As atualizações profissionais têm por finalidade o treinamento de médicos na utilização desta forma de classificação e no uso destes sistemas de informação. Além disto, o CID-10 tem sido utilizado com fins de estatísticas de mortalidades e morbidades, assim como nas decisões de gestão administrativa e financeira das instituições públicas e privadas de saúde. Estas funções agregadas aumentam a importância de uma qualificação adequada destes profissionais de saúde.
O CID-10 sofre atualizações frequentes, as quais são oficialmente aprovadas pela OMS em suas reuniões anuais e incluídas aos volumes publicados da última revisão. Nestas atualizações podem ocorrer alterações de códigos ou inclusão de novas doenças, por exemplo.
No site do Centro Brasileiro de Classificação de Doenças (CBCD) ligado a Faculdade de Saúde Pública da USP, você encontrará informações sobre as atualizações na língua portuguesa e conhecerá formas de consultas eletrônicas ao código internacional.
Todas as atualizações estão disponíveis no site oficial da OMS (World Health Organization). No Brasil, o CBCD detém o direito exclusivo de tradução para a versão em português. Estas atualizações estão incorporadas até 2010 em formato eletrônico e podem ser livremente utilizadas por usuários. A versão impressa contem as atualizações ocorridas até o ano de 2008.
O material em formato eletrônico (arquivos em CD-ROM) do CBCD é distribuído gratuitamente para sistemas de usuários ou programadores, sendo proibida a sua comercialização sob qualquer forma.
Embora seja um processo que demanda tempo e atenção, as atualizações do CID-10 são necessárias considerando que a codificação internacional das doenças é uma atividade que vem sendo incorporada na rotina de trabalho destes profissionais em todos os processos relacionados à saúde.
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