A telemedicina é uma das principais ferramentas de transformação dos serviços de saúde no mundo. No Brasil, ela ganhou força desde a década de 90 e tem feito muita diferença na interação entre médicos e pacientes, bem como, na acessibilidade aos cuidados de saúde, sobretudo, nas regiões mais distantes.
Quando se fala em telemedicina, é importante ressaltar que ela traz benefícios para gestores, profissionais de saúde, pacientes e suas famílias. Por meio de equipamentos tecnológicos (telefone fixo, celular, televisores, internet, softwares, etc) é possível encurtar distâncias, agilizar atendimentos e aumentar a precisão dos diagnósticos.
Uma recente pesquisa conduzida pelo IESS, Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, confirmou que os investimentos em telemedicina em 8 países melhoraram a qualidade dos cuidados médicos, facilitaram o acesso e reduziram custos. Essas são justamente as principais vantagens da telemedicina.
Vale destacar que a telemendicina integra a telessaúde e diz respeito à toda e qualquer prática médica realizada de forma remota. Isso inclui telelaudos, teleassistência, teleorientação e teleconsultas.
Por falar em teleconsultas, frequentemente elas são confundidas com a telemedicina, porém não se trata da mesma coisa. Teleconsulta e telemedicina não são sinônimos. No artigo completo vamos explicar as principais diferenças para que você possa distingui-las e aplicá-las da maneira adequada.
Sim. O uso dos dois termos como se fossem sinônimos não é algo infundado. Tanto a telemedicina quanto a teleconsulta correspondem a aplicações tecnológicas na área de saúde, porém, em diferentes níveis.
O prefixo grego “tele” significa à distância, longe de. É por isso que aparece repetidamente em palavras como telefone, televisão, telemedicina, telessaúde, teleconsulta, teleorientação, teleassistência, entre outros termos.
Antes de aprofundarmos a conversa sobre o conceito de telemedicina, é importante discutir e conhecer o conceito de telessaúde. As duas coisas também não são iguais!
A telessaúde é um conceito amplo, que engloba diferentes serviços remotos de atendimento, assistência, educação, diagnóstico e pesquisa em saúde. Por exemplo, os cursos de EAD, além da troca de conhecimentos entre profissionais e o estudo de epidemias feitos à distância são viabilizados pela telessaúde.
A telemedicina, por sua vez, é o meio utilizado para oferecer um atendimento melhor a pacientes que necessitam de exames, laudos, diagnósticos e orientaçõe à distância. Cumpre salientar que a telemedicina faz parte da telessaúde e inclui práticas específicas relacionadas a demandas médicas, como os telelaudos, telediagnósticos, teleorientação. Faz parte da telemedicina, também, o intercâmbio de informações entre os especialistas, para a busca de segunda opinião qualificada.
Em resumo, a telemedicina é um dos braços da telessaúde e em todo esse contexto, a tecnologia se faz necessária para viabilizar que a telessaúde e, consequentemente, a telemedicina sejam aplicadas com total eficiência, rapidez e precisão. Graças à telessaúde e telemedicina, hoje é possível assistir um procedimento cirúrgico que está sendo realizado a quilômetros de distância ou checar um exame que foi realizado do outro lado do mundo.
A teleconsulta é uma categoria de atendimento dentro da telemedicina. Ela consiste na modalidade de consulta médica feita à distância, com o auxílio da tecnologia (videoconferências, telefonemas).
Através da teleconsulta, a troca de informações entre o médico, paciente e outros profissionais de saúde é, sem dúvida nenhuma, facilitada. Além disso, ela reduz custos operacionais e pode ser útil para a rotina de clínicas, hospitais e consultórios localizados em regiões distantes.
Entretanto, apesar das claras vantagens, há ressalvas para a implementação da teleconsulta. Em vários países, inclusive no Brasil, a realização de teleconsultas não é totalmente liberada e, quando autorizadas, as tecnologias de comunicação e informação usadas para os atendimentos devem obedecer rigorosos parâmetros de confidencialidade, verificação e segurança.
Diversas especialidades podem se beneficiar da teleconsulta, como dermatologia, nutrição, radiologia, psiquiatria, entre outras. Na nutrição e na psicologia as teleconsultas são intercaladas com consultas presenciais. O atendimento remoto é viabilizado pela internet, plataformas online, softwares e outras ferramentas que possibilitam o atendimento à distância.
É necessário acrescentar que, recebe o nome de teleinterconsulta, a consultoria remota realizada entre médicos, quando um especialista pede orientação e opinião de outro em relação a diagnósticos, prescrições e resultados de exames.
Dentro da telemedicina, práticas como a teleassistência e telelaudos são permitidas habitualmente, já a teleconsulta, que consiste na consulta à distância entre médico e paciente, não é comumente autorizada Brasil. Em caráter excepcional, por conta do surto de COVID – 19, as teleorientações, telemonitoramentos e teleinterconsultas foram liberadas, obviamente respeitando todos os critérios éticos e normas estabelecidos pelos órgãos reguladores (Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina).
A liberação de teleconsultas vem à tona de tempos e tempos, sendo que as questões éticas são sempre consideradas. O Código de Ética Médica proíbe, no artigo 62, que tratamentos e procedimentos sejam prescritos sem que o paciente seja examinado diretamente. Entretanto, a prática é permitida exclusivamente em casos de urgência e quando houver impossibilidade comprovada de se submeter ao exame pessoalmente.
Como a crise provocada pelo coronavírus é algo completamente atípico e a segurança epidemiológica deve ser preconizada nesse momento, as teleconsultas/teleorientações não só foram liberadas, como estão sendo utilizadas com muita força no combate à COVID – 19.
Em função da pandemia, os médicos podem avaliar os sintomas dos pacientes, fornecer orientações e fazer os devidos encaminhamentos de acordo com cada caso.
As práticas de telemedicina usadas na atualidade são as orientações por telefone ou videoconferência para esclarecer dúvidas sobre medicamentos, cuidados, procedimentos. Além das teleorientações, são permitidas as modalidades de telemonitoramento e teleconsultas emergenciais em caso de suspeita de contágio também estão autorizadas durante a pandemia, desde que sigam as determinações do CFM e do Ministério de Saúde.
As teleorientações, como o próprio nome sugere, são as orientações e encaminhamentos remotos para os pacientes que estão em isolamento. O telemonitoramento diz respeito à supervisão médica à distância dos parâmetros de saúde ou doença dos pacientes. A teleinterconsulta corresponde à teleconsultoria entre médicos para auxiliar no diagnóstico e estabelecimento de protocolos terapêuticos.
Ainda há muitas limitações e restrições para o uso da teleconsulta no Brasil, entretanto, a telemedicina avançou muito em território nacional e tem se revelado uma grande aliada na luta pela saúde dos brasileiros.
São muitos os benefícios proporcionados pela teleconsulta, entre eles estão a ausência de filas ou atraso nos atendimentos, agilidade no processo, redução de custos operacionais para quem atende, economia para quem é atendido, já que não há necessidade de deslocamento, além de acessibilidade à saúde, independente de onde o paciente mora. Através de teleconsultas é possível receber o suporte de grandes profissionais, mesmo que o paciente esteja em uma região de difícil acesso.
Mesmo com todos esses pontos positivos, para assegurar a qualidade no atendimento, é necessário usar ferramentas adequadas que garantam a precisão nas informações, além de segurança e sigilo dos dados.
É fundamental, por exemplo, contar com uma plataforma de telemedicina com funcionalidades como agendamento online, prontuário eletrônico integrado, termo de consentimento e assinatura eletrônica.
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