Depois de muito debate e polêmica, a telemedicina foi liberada no Brasil. Contudo, apenas durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19. O processo de autorização envolveu um ofício do Conselho Federal de Medicina (CFM) com o reconhecimento dessa prática.
Em seguida, o Ministério da Saúde lançou a Portaria 467, com todas as diretrizes sobre esse novo modo de exercer a Medicina. Por fim, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 696/20 com a regulamentação dos atendimentos à distância.
Um ponto interessante de todo esse caminho é que a telemedicina no Brasil obteve um caráter democrático, já que pode ser utilizada por médicos e pacientes de diversas condições: no Sistema Único de Saúde (SUS), nos planos de saúde ou nas consultas particulares.
No entanto, por ser algo recente, ainda gera muitas dúvidas, principalmente quando é aplicada ao SUS. Afinal, como realizar a telemedicina no modelo em que sempre foi regra receber o paciente em uma instituição gerida pelo governo?
Pensando nisso, neste post, explicaremos como é possível utilizá-la também na rede pública e mostraremos que isso pode ser benéfico. Confira!
Os tipos de telemedicina permitidos
Para começar, é importante entender quais os serviços regulamentados. O primeiro é a teleorientação, em que o médico realiza a anamnese de forma virtual para identificar possíveis doenças e, se necessário, orientar o paciente a procurar um atendimento presencial.
Além disso, há o telemonitoramento que, como o próprio nome já diz, é o monitoramento dos sintomas e evolução do quadro clínico à distância.
Já a terceira forma é a teleinterconsulta, que se trata da troca de informações — também de modo online — entre dois ou mais médicos, a fim de debater o atendimento e o tratamento do paciente.
Primeiro passo: encontrar uma ferramenta segura
O atendimento médico envolve o sigilo profissional e no modo online isso não é diferente. Portanto, é fundamental utilizar uma plataforma segura. A ferramenta de telemedicina do iMedicina, por exemplo, aplica a criptografia de ponta a ponta, ou seja, apenas as pessoas com acesso à “sala” em que será feita a consulta — ou a teleinterconsulta — conhecerão as informações debatidas ali.
Além disso, a plataforma é hospedada nos servidores da Amazon AWS e HIPPA Compliant, com proteção do protocolo HTTPs. Dessa forma, apenas o médico pode autorizar a entrada na sala e o registro do IP é uma segurança extra para possíveis acessos indevidos.
Outro fator muito importante é que essa é uma plataforma de telemedicina gratuita. O iMedicina disponibilizou de graça seus serviços para o atendimento online como uma forma de auxiliar médicos e pacientes nesse momento tão difícil.
Assim, não é necessário que a equipe de uma instituição de saúde pública faça licitações ou outras medidas burocráticas para implantar a ferramenta nos atendimentos rotineiros.
Outro ponto positivo é a forma simples de manusear esse software. O médico deve fazer seu cadastro na plataforma e reservar alguns minutos para assistir aos tutoriais e ler as instruções, a fim de solucionar as dúvidas mais comuns.
Nesses primeiros momentos, o ideal é fazer isso pelo computador, para ter maior conforto na visualização de todos os serviços disponíveis. Mas é prático iniciar a consulta: para tanto, o médico envia o link da sala por e-mail ou por aplicativo de mensagem ao paciente. Assim, ele precisará apenas clicar no link encaminhado e o atendimento já pode começar.
Os benefícios da telemedicina no SUS
A praticidade dos atendimentos por telemedicina já conta como um benefício dessa nova prática. Mas existem diversos outros pontos positivos para essa mudança na Medicina. Veja quais são, a seguir.
Conter a Covid-19
O primeiro benefício é aquele para o qual a telemedicina foi autorizada, ou seja, como uma forma de conter a disseminação da Covid-19.
Com o atendimento à distância, é possível evitar aglomerações nas salas de espera das unidades de saúde, que são locais de alto risco para a transmissão da doença.
Mais do que isso, com a possibilidade de fazer uma consulta dentro de casa, diminui o número de pessoas circulando nas ruas e nos transportes públicos.
Além disso, com a telemedicina, é possível diminuir o estresse dos pacientes durante a pandemia. Afinal, ter medo de uma doença nova é normal.
Então, o médico pode atender uma pessoa com suspeita de infecção pelo novo coronavírus e entender a gravidade de seus sintomas.
Caso sejam leves, como na maioria das situações, o mais comum é apenas indicar o isolamento social e medicações simples, evitando a procura desnecessária por uma unidade de saúde.
Todavia, o médico também explicará ao paciente quais são os sinais de agravamento da doença e quando procurar o atendimento hospitalar.
Manter o acompanhamento de doentes crônicos
Apesar de ter sido liberada por conta da pandemia, a telemedicina no Brasil não é exclusiva para os pacientes com Covid-19. Todas as outras doenças e tratamentos também são incluídos no atendimento à distância, de acordo com a viabilidade da especialidade médica.
Essa característica da regulamentação é muito importante para o trabalho no SUS, principalmente para os profissionais das Unidades de Saúde da Família, que acompanham doentes crônicos. Dessa forma, os pacientes poderão continuar com seus tratamentos e manter a qualidade de vida, mesmo durante a crise sanitária.
Vale lembrar, ainda, das doenças crônicas que fazem parte do grupo de risco de agravamento da Covid-19. Pacientes com hipertensão ou diabetes, por exemplo, não precisarão sair de casa para manter o acompanhamento médico. Dessa maneira, evitam uma exposição perigosa ao vírus.
Expandir a capacidade do atendimento
Pacientes com dificuldade de locomoção ou com qualquer outro problema que dificulte o acesso a uma unidade saúde do SUS se beneficiarão muito da telemedicina.
Além disso, a vantagem de expandir o atendimento médico afetará também aquelas pessoas que, por falta de hábito, não cuidam tanto da saúde. Assim, ao perceber que é possível conversar com um médico, sem precisar enfrentar filas e de forma gratuita, muitos pacientes construirão a cultura de cuidar de si mesmos.
Descentralização do atendimento
A expansão gerada pela consulta virtual pode ir além e proporcionar uma descentralização do atendimento. Assim, não só apenas os centros urbanos terão acesso ao médico, mas também aquelas localidades afastadas, onde o poder público tem dificuldade de chegar.
Dessa forma, os serviços da telemedicina podem aumentar a qualidade de vida de várias pessoas, diminuir o índice de doenças crônicas e, até mesmo, combater a Covid-19, pois, infelizmente, cada vez mais o coronavírus adentra o interior do país.
Alguns outros cuidados com a aplicação da telemedicina
Assim como o atendimento presencial, o feito à distância também requer alguns cuidados. Para tanto, deve haver a mesma obrigatoriedade de preencher todas as informações do paciente no prontuário médico. Nesse caso, o documento será virtual e a ferramenta de telemedicina gratuita do iMedicina oferece esse recurso.
Além disso, também é necessário obter o consentimento do paciente para realizar a consulta virtual. Com o apoio de uma advogada especialista em Direito Médico, o iMedicina preparou um modelo de termo de consentimento. Desse modo, você garante maior segurança jurídica ao atendimento.
Ainda, é preciso ter a assinatura digital, que dará veracidade aos documentos, como receitas e atestados médicos. A plataforma Memed, utilizada pelo iMedicina, está integrada com uma certificadora, a Soluti. Portanto, você tem um trâmite mais ágil e simples para obter a sua assinatura.
Com todos esses cuidados, você oferece o atendimento por telemedicina de forma mais segura aos seus pacientes, sejam eles do SUS ou de planos de saúde. Assim, a comunidade médica e a população conseguem usufruir dos benefícios dessa nova forma de exercer a Medicina.
Que tal começar a usar a telemedicina do iMedicina gratuitamente? Cadastre-se e inicie os atendimentos pelo sistema.