O prontuário eletrônico já tem grande relevância para boa parte das pessoas que atuam na área da saúde. Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo faz um investimento e tanto nesse sentido. Para estimular os hospitais e clínicas a digitalizar os prontuários de seus pacientes, eles oferecem um benefício financeiro.
A atitude tem uma razão: criar um banco de dados de pacientes norte-americanos, para que informações importantes sobre eles possam ser acessadas, em momentos de emergência — como quando o paciente está inconsciente, para garantir que ele seja medicado da melhor forma possível — ou em consultas regulares.
No Brasil, não há nenhum incentivo financeiro por parte do governo às clínicas médicas. No entanto, a tendência de modernização dos consultórios é real e já está acontecendo.
Neste post, falaremos mais sobre a resolução do prontuário eletrônico. Confira!
De acordo com a cartilha sobre prontuário eletrônico, de criação do Conselho Federal de Medicina (CFM), o documento tradicional, em papel, tem muitas limitações. A primeira está no fato de que se trata de algo que está disponível para apenas um profissional por vez.
Além disso, o prontuário tradicional está sujeito também à ilegibilidade, por conta de efeitos do tempo e grafia, ambiguidade, perda de informação, dificuldade de pesquisa coletiva, falta de padronização. Ainda, requer grandes espaços de armazenamento.
A implementação de um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), como tem sido chamado formalmente, tem sido reconhecida mundialmente como uma revolução para profissionais da saúde, pacientes, gestores e a equipe envolvida na Atenção à Saúde como um todo.
Dentro de um software médico seguro, é possível acessar informações de forma rápida, sempre que for necessário. Assim, o médico não perde tempo com pesquisas desnecessárias e pode se concentrar no que realmente importa: o paciente.
Ainda, em prontuários eletrônicos, é possível armazenar informações sobre resultados de exames, sejam eles laboratoriais ou de imagem, e confirmar dados sobre histórico médico, possíveis alergias, cirurgias etc.
Por serem virtuais, esses documentos também podem ser compartilhados, quando necessário, com profissionais e instituições que estão trabalhando em conjunto para cuidar do paciente. Assim, o tratamento fica mais completo.
Outros benefícios da PEP incluem incentivo à pesquisa clínica, adesão aos protocolos clínicos e usos secundários da informação para fins estatísticos e/ou epidemiológicos.
Convém dizer que, apesar disso, os dados disponíveis no prontuário eletrônico são confidenciais. No entanto, por serem do paciente, podem ser solicitados por ele a qualquer minuto. Isso significa, então, que não pode ser acessado por qualquer um.
Mas para garantir a privacidade e a segurança dos dados dispostos em um prontuário eletrônico, é necessário que o médico e a sua equipe invistam em um software médico idôneo, capaz de protegê-los contra-ataques e acessos indevidos.
Segundo a resolução nº1.821/07, também do CFM, os médicos e hospitais que desejarem digitalizar os seus prontuários devem garantir que os dados estarão seguros, ou seja, que não poderão ser acessados, manuseados, copiados ou destruídos sem autorização.
No que diz respeito à eliminação dos registros físicos, a resolução postula que é necessário que a equipe médica invista em um sistema de gerenciamento capaz de atender aos requisitos do nível de garantia de segurança 2 (NGS2). Trata-se de um grau de segurança que exige a utilização do uso de assinatura ou CRM digital certificada.
Para conseguir o CRM digital certificado, é preciso entrar em contato com o Conselho Federal de Medicina. Por sua vez, para fazer a assinatura em documentos PDF, é necessário ter uma ferramenta de assinatura digital — felizmente, hoje, existem muitas no mercado.
Um conceito importante é o de certificação digital. Trata-se, de acordo com a cartilha oficial do CFM, de um arquivo de computador que identifica uma pessoa física ou jurídica em ambiente virtual.
Para o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, o certificado digital é um “documento eletrônico que contém o nome, um número público exclusivo denominado chave-pública (…) e outros dados que mostram quem somos para as pessoas e para os sistemas de informação”.
Nesse sentido, é utilizado para fazer a comunicação segura entre sistemas e também pode criptografar o acesso a sites, plataformas e afins. Mas para que os documentos eletrônicos tenham assinatura válida, é preciso que ele seja assinado usando um certificado digital padrão ICP-Brasil.
Para emiti-lo, o interessado deve procurar uma Autoridade de Registro (AR), a qual deve estar vinculada a uma Autoridade Certificadora (AC). Uma vez que estamos em tempos de pandemia, há ARs que estão fazendo o serviço pela internet.
Como já citamos, ter acesso a um prontuário eletrônico facilita no reconhecimento do caso do paciente, permitindo que o médico consiga visualizar o quadro, ler sobre medicações anteriores, histórico médico etc.
Essa é a primeira vantagem desse mecanismo, que também ajuda na organização de informações, no agendamento ou cancelamento de consultas e na busca por pacientes específicos.
É interessante lembrar que um bom software médico permite ao especialista acessar depressa o documento desejado, além de produzir novos documentos, gerar atestados e receitas médicas (que podem ser utilizadas inclusive à distância).
Gerar documentos à distância, aliás, é uma grande vantagem. Dessa forma, os serviços de telemedicina ficarão cada vez mais populares e o especialista poderá atender a um número cada vez maior de pessoas por dia — sempre de forma atenta e respeitosa, é claro.
Outra vantagem do prontuário eletrônico é permitir que a equipe consiga traçar, após a observação dos pacientes, o perfil do “paciente padrão” ou paciente ideal. Por meio de dados gerais, como gênero, faixa de idade e queixa específica, descobre-se quem é a pessoa que mais costuma frequentar aquele estabelecimento.
Ter essas informações em mãos é importante por conta do marketing de conteúdo, uma forma de atrair e fidelizar pacientes. Especialmente no momento da pandemia, quando cada vez mais pessoas estão conectadas à internet, por várias horas ao dia, é primordial ter presença virtual.
Com o perfil do seu paciente em mãos, você pode traçar estratégias de conteúdo que visem esclarecer dúvidas frequentes, acalmar possíveis situações de estresse e ansiedade, educar sobre alguns aspectos de determinada doença, entre outras coisas.
Como se pode ver, o prontuário eletrônico, quando atrelado a um software de qualidade, pode revolucionar o funcionamento de uma clínica e trabalhar para que o atendimento médico seja cada vez mais especializado.
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