Telemedicina no Mundo: Saiba Mais Sobre Esse Assunto

A telemedicina no mundo surgiu com o propósito de revolucionar o atendimento médico e acabar com as barreiras físicas que limitavam o acesso das pessoas aos serviços de saúde. Por esta razão, já é uma prática consolidada em vários países, apresentado resultados satisfatórios.

Neste sentido, elaboramos este artigo para que você saiba como a medicina à distância está inserida no mundo e quais impactos essa presença tem causado na saúde desses países.

Conheça a história da telemedicina no mundo

Existem diversas divergências sobre o surgimento da telemedicina. Uma das versões mais difundidas diz que ela foi praticada pela primeira vez na Europa durante a Idade Média. Em razão das pragas que assolavam o continente, um médico decidiu se isolar.

Assim, foi para a margem oposta do rio onde a população se banhava e, à distância, se comunicava verbalmente com outro indivíduo para que ele auxiliasse a população. Contudo, não há qualquer comprovação dessa história.

Por isso, muitos consideram a invenção do estetoscópio eletrônico como a origem da telemedicina no mundo. Essa ferramenta foi desenvolvida em 1910 por S. G. Brown e transmitia sinais por cerca de 50 milhas.

Posteriormente, com o advento do telégrafo e da telegrafia, o atendimento médico remoto passou a ser uma prática, sendo utilizado inclusive durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. 

Além disso, nos anos 60, quando ocorreram os primeiros voos espaciais tripulados, os sinais vitais dos astronautas eram monitorados via rádio. Apenas na década de 70 que os EUA, Canadá e Japão utilizaram o vídeo analógico associado à telemedicina.

Durante todo esse período, a grande dificuldade sempre foi a inexistência de redes digitais de ampla cobertura, o que passou a existir nos anos 90. A partir do surgimento das linhas de transmissão de dados, o uso da telemedicina deslanchou no mundo.

Embora tenha sido praticada pela primeira vez em outros países, foi nos EUA que o primeiro grande passo foi dado. Em 1993 houve a criação da American Telemedicine Association (ATA), uma entidade de referência responsável pela educação e pesquisa da telemedicina.

Quais países já praticam a telemedicina?

Atualmente, o atendimento médico remoto é uma realidade para milhares de instituições de saúde de diferentes países, sendo regulamentada pelos órgãos responsáveis. 

A seguir, saiba como está a prática da telemedicina em alguns países que possuem características semelhantes ao Brasil no que tange ao sistema de saúde.

Estados Unidos

De acordo com relatório apresentado pela Global Market Insights, nos EUA, o mercado de telemedicina chegará a US$ 64,1 bilhões até 2025. Esse crescimento considerável mostra que os norte-americanos perceberam os inúmeros benefícios dessa modalidade.

Assim como nosso país, os Estados Unidos possuem uma vasta área territorial o que torna complexa a ideia de levar o sistema de saúde para todos os habitantes. Estima-se que ⅕ dos americanos residam em locais que não possuem médicos de primeiros-socorros.

Assim, a medicina à distância se torna uma forma eficaz e menos dispendiosa de oferecer suporte médico nas regiões mais remotas. Atualmente, os grandes players de tecnologia estão investindo pesado na chamada ehealth.

Segundo a American Hospital Association, cerca de 76% dos hospitais norte-americanos se conectam com pacientes e consultores à distância através do uso do vídeo, além ser uma modalidade que faz parte da maioria dos programas públicos de saúde dos EUA.

China

A China também foi um dos países pioneiros no desenvolvimento de novas tecnologias para a telemedicina, que começou a ser praticada em meados da década de 1980 com o objetivo de armazenar e encaminhar informações e laudos médicos dos pacientes.

Com a expansão das redes de telecomunicações chinesas, surgiram três grandes empresas no segmento de atendimento médico remoto: Golden Health Network, MedioNet Internacional da China e a rede do Exército Popular de Libertação.

Durante a crise na saúde provocada pela pandemia do novo coronavírus, a telemedicina chinesa passou por diversos avanços, recebendo autorizações para a ampliação do seu uso e até a criação de um hospital de campanha monitorado por robôs.

Índia

Na Índia, a prática da telemedicina começou apenas em 2001, por meio de uma iniciativa da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) para conectar hospitais dos centros urbanos aos hospitais das zonas rurais.

Deste período até o momento atual, ocorreram várias transformações positivas e o atendimento médico à distância faz parte da rotina dos profissionais de saúde indianos. De acordo com a pesquisa Global Market Insights, o mercado de telemedicina na Índia crescerá 22,4% até 2025.

Além dos países citados, a telemedicina também está inserida na atividade médica no Canadá, México, Austrália, Japão, Bangladesh, Rússia, Albânia e em todo o continente Europeu.

Quais vantagens foram percebidas pela utilização da telemedicina nesses países?

O principal propósito do suporte médico remoto é aproximar pacientes e profissionais de saúde, eliminado as barreiras físicas e a necessidade de locomoção, além de beneficiar médicos que atuam em comunidades remotas.

Geralmente, pequenos povoados ou aldeias indígenas dispõem de apenas um único profissional para atender a todos os habitantes e a todo tipo de problema. Com a telemedicina, esse médico tem a possibilidade de buscar aconselhamento para exercer sua atividade.

Segundo artigo publicado pelo The Medical Futurist Institute, os inuites, povos indígenas do norte do Canadá, têm uma expectativa de vida 11 anos menor do que o resto dos canadenses. 

Mais cuidado coma saúde

A partir do uso da telemedicina, essas comunidades passaram a receber melhores cuidados com a saúde. Nessa região, as clínicas comunitárias estão em constante contato com médicos de família localizados nos grandes centros urbanos.

Ainda, o mesmo artigo aponta para uma realidade semelhante no Alasca, onde pequenas aldeias têm acesso limitado à saúde. Em razão disso, nos casos de emergência, os prontuários dos pacientes são levados de trenó puxado por cães para uma viagem de 30 dias.

Contudo, com o surgimento do Alaska Native Tribal Health Consortium, os serviços de telessaúde passaram a ser oferecidos a estas comunidades. 

Segundo outro estudo publicado pela International Maritime Health, em 2013, um em cada cinco navios comerciais era forçado a desviar o curso por razões médicas, produzindo um prejuízo próximo a US$ 168 milhões para indústria.

Conquanto, o mesmo estudo mostrou que, se a telemedicina fosse aplicada nestes navios, cerca de 20% dos casos poderiam ser identificados sem a necessidade de mudança nas rotas, além de trazer mais tranquilidade para a tripulação.

Além de tudo isso, a pandemia do novo coronavírus permitiu que diversas autoridades reconhecessem o valor da assistência médica remota. Além disso, permitiu que pacientes fossem diagnosticados e até tratados sem a necessidade de sair de casa, mantendo o isolamento.

Como a telemedicina é vista no Brasil?

No Brasil, a telemedicina já é praticada para fins de telediagnóstico, teleconsultoria e teleducação. Essas são as práticas permitidas pela única regulamentação permanente sobre o assunto, a resolução CFM nº 1.643/2002.

Ainda, com o surto de Covid-19, o Ministério da Saúde promulgou a portaria nº 467/20, que têm caráter excepcional e temporário. Ela autorizando a ampliação do uso dessa modalidade para a teleconsulta, teleorientação e triagem. Os serviços de telemedicina, quando utilizados por meio de softwares médicos especializados, garantem toda a estrutura para a realização de atendimentos seguros e sem risco de contaminação para o profissional e paciente.

Ademais, somos um país de dimensões continentais. Há, então, uma grande necessidade de levar o atendimento médico à distância para as regiões geograficamente mais distantes. Isso porque carecem muito de mais atenção à saúde básica. É por esse motivo que a regulação definitiva da telemedicina no brasil será apenas uma questão de tempo.

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Escrito por
Pedro Anjos