Com a pandemia do coronavírus, o mundo inteiro percebeu uma necessidade que vem crescendo há anos em alguns países com extensão territorial mais ampla: o atendimento médico virtual. A chamada telemedicina é o recurso utilizado em países como China, Estados Unidos e Canadá para oferecer atenção à saúde para parte da população geograficamente afastada dos grandes centros.
A ciência e tecnologia avançada nesses lugares foi um fator determinante para que isso fosse possível. Através da internet, milhares de atendimentos são realizados remotamente. Com eles, as distâncias quilométricas não impedem que a população tenha o devido acesso aos cuidados e informações médicas.
Pequenas consultas são capazes de triar casos simples para identificar o que só precisa de medicação e o que realmente precisa de auxílio médico-hospitalar.
Além disso, é possível ter um laudo médico de um especialista sem precisar enfrentar outra consulta ou se deslocar para outra cidade. Os profissionais também conseguem discutir diagnósticos com mais agilidade e trocar informações técnicas para que os protocolos de saúde sejam cada vez mais eficazes.
A urgência desses países em criar uma estrutura que facilitasse o acesso à saúde de forma segura acabou por acelerar também as normas que tratam desse tema. Para se ter uma ideia, na atualidade, mais 50% dos hospitais e consultórios dos Estados Unidos já realizam serviços remotos em saúde.
Hoje, não só esses países, mas o planeta inteiro recorre ao auxílio da telemedicina para conter os avanços do coronavírus. Mas o que é telemedicina e como essa tecnologia é capaz de auxiliar em tempos de pandemia?
Telemedicina: o que é esse recurso
No Brasil, conhecemos como telemedicina a prestação dos serviços médicos utilizando metodologias de comunicação virtual para realizá-los.
Na verdade, o termo se confunde um pouco com tantos outros conceitos referentes ao tema e acabou sendo a palavra que abrange todos os atos médicos online, desde laudos a consultas remotas em tempo real. A telemedicina se divide em outras diversas áreas: telediagnóstico, teletriagem, teleconsulta, teleorientação, telemonitoramento e por aí vai.
No país, nossa única norma vigente sobre o assunto, até o advento da pandemia, era a RESOLUÇÃO CFM nº 1.643/2002, que a autorizava somente para os fins de assistência, educação e pesquisa em Saúde. A norma retrata o cenário tecnológico da época, em que não tínhamos no país uma internet ou tecnologias confiáveis para exercer a medicina online.
No entanto, as tecnologias da informações disponíveis hoje conseguem levar esse recurso para outro nível. Softwares médicos seguros e cheios de ferramentas para gestão e prontuário eletrônico dispões plataformas de telemedicina super eficazes. A internet também já é capaz chegar a lugares que naquela época parecia improvável.
Foi sabendo do potencial tecnológico e de segurança desses sistemas que o Ministério da Saúde do Brasil liberou o uso da telemedicina para assistência em saúde, incluindo as consultas à distância, para estancar as consequências da COVID-19.
Mas, por que esse recurso é eficiente? Entenda melhor a seguir.
Como a telemedicina funciona na prática
A modalidade funciona na prática para diversos fins. Na emissão de laudos por especialistas por exemplo, a pessoa faz o exame onde puder e o profissional recebe os resultados onde estiver. A emissão do laudo pode ser feita por dispositivos móveis com acesso à internet e enviada ao profissional que já acompanha o paciente ou feita simultaneamente à consulta, por ferramentas audiovisuais.
A teleintersconsulta é outra variedade do funcionamento da telemedicina. Por meio dessas plataformas, os profissionais podem acompanhar casos de outros profissionais e trocar informações e opiniões para auxiliar no diagnóstico terapêutico. É uma prática muito comum em diversos países, para auxiliar profissionais de outras área médicas ou com menos experiência.
Já a teleorientação, triagem e consulta, o médico utiliza uma plataforma virtual de áudio e vídeo para que ele possa ver o paciente em tempo real e prestar seus serviços à distância. Ambos precisam estar conectados à internet para que a consulta possa ser efetuada por essa modalidade.
Com a liberação em caráter de exceção para esses objetivos, o detalhamento da norma não descreve quais os tipos ideais de plataformas para prestar esses atendimentos. No entanto, sabemos que ferramentas de uso comum não devem ser utilizadas por questões de segurança e sigilo do paciente.
A prescrição de medicamentos também sofre certa alteração com o atendimento virtual. As farmácias do Brasil já estão se adequando ao novo método.
Com um certificado digital, é possível prescrever o medicamento durante a consulta e enviá-la ao paciente por e-mail ou aplicativo de mensagem instantânea. O farmacêutico, ao dispensar o remédio utiliza um decodificador que atesta a validade do certificado digital da receita, tornando-a válida e segura.
Como auxilia no combate à epidemias
A pandemia do coronavírus causou uma crise de saúde ímpar. Medidas de afastamento social não eram tão importantes e necessárias há muitos anos no mundo inteiro, dessa forma.
Nunca houve tanto receio quanto à capacidade de atendimento dos centros de saúde. A medida de isolamento visa não só conter o vírus, mas também é um meio essencial de evitar aglomerações desnecessárias nos locais de atendimento médico. Consultórios e clínicas médicas foram fechadas, postos de atendimento atendem em contingência.
Mesmo sendo uma medida eficaz, é preciso lembrar que atendimento médico é um serviço básico da população. Principalmente em cenários de incertezas e imprevisibilidade diante da presença de um vírus desconhecido, a informação médica de qualidade para prevenção e diagnóstico é essencial.
Nesse sentido, os atendimentos por telemedicina demonstram importante papel para o auxílio especializado sem vulnerabilizar os profissionais ou colocar em riscos os pacientes, que podem ser atendidos de casa ou onde estiverem, sem a necessidade de se deslocar.
Com os atendimentos virtuais, o profissional pode identificar casos que realmente precisam de apoio hospitalar e encaminhá-los imediatamente.
Aqueles que apenas buscam informações ou precisam de orientação sobre outros problemas de saúde também não ficam desamparados. Um psiquiatra pode analisar um paciente à distância, um pediatra pode orientar os pais remotamente.
Além disso, a telemedicina viabiliza a assistência de pacientes crônicos, como no caso de diabéticos ou idosos, que são mais vulneráveis ao contágio.
As plataformas digitais de telemedicina aproximam os profissionais da saúde à população geral, com o objetivo de prevenir a doença, cuidar e salvar vidas.
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