COMO INSTRUIR O PACIENTE QUE BUSCA MEDICAÇÃO ONLINE DE QUE ESSA NÃO É A MELHOR OPÇÃO?
Para um enfermo que acredita ter uma doença simples e de fácil medicação, a internet é a fonte perfeita para automedicação e a suposta busca por saúde online. Mas se ela já é errada através da simples leitura de bulas e indicações de amigos, com a internet pode trazer consequências mais sérias e arriscadas.
A internet possui todo tipo de informação e nem tudo ali é real. Há muitos sites fraudulentos ou com informações equivocadas, que podem levar o leitor ao erro de diagnóstico e acabar prejudicando ainda mais sua saúde.
Os perigos da automedicação
O paciente de hoje foge dos hospitais, com receio do tempo de espera e das longas filas que pode passar com a saúde debilitada, e imaginam que podem encontrar saúde online. Em consultas particulares ainda há o valor do atendimento e o pouco interesse de alguns médicos, que estão mais preocupados em atenderem mais gente do que com a qualidade de seu trabalho.
Todos esses motivos são relevantes para deixar o paciente desmotivado para procurar ajuda, mas o que ele pode não saber é dos riscos que corre sem a ajuda correta de um médico.
Os sintomas podem ser tão genéricos, que o paciente pode “descobrir” que está com uma grave doença como câncer, através da discriminação do que poderia estar sentindo nas páginas da internet. Além do estresse natural de se acreditar com uma doença tão grave, há o risco de se automedicar .
As pessoas em geral não costumam ter responsabilidade quando o assunto é automedicação. Até remédios comuns, como dipirona e aspirina, podem trazer problemas sérios de saúde. Pessoas com problemas digestivos, por exemplo, podem ter seu quadro agravado com o consumo excessivo de analgésicos, que afetam diretamente estômago e fígado. Há alguns elementos em sua composição que também causam alergia a alguns pacientes ou que mascaram o real motivo da doença, que é um dos problemas graves em buscar saúde online.
Inclusive, é na automedicação que os vícios a remédios costumam ser criados e alimentados. Ou dosagens excessivas que podem provocar overdose acidental. E até mesmo chás e suplementos podem trazer riscos a saúde, se não forem bem orientados por um profissional qualificado.
O fato é que a automedicação pode atrasar a consulta médica necessária e seu tratamento, causando ainda mais problemas e até tornar a cura impossível.
Só mesmo um médico poderá fazer um exame e diagnosticar corretamente a doença, indicando o tratamento correto para sua cura. É tentador, mas nem sempre é bom acessar saúde online.
O lado bom da internet
Uma dos sintomas que mais causam automedicação é a febre. Pode ser causada por um simples resfriado, mudanças climáticas ou casos mais graves como epidemias. Ela pode ser gerada por uma série de motivos e deve ser investigada por um profissional.
A febre é um sintoma, não a causa de uma doença. E ela pode ser um dos temas das pesquisas feitas na internet, para listar suas possíveis causas e ser repassada para o médico, no ato da consulta e ajudá-lo.
Mas o mais importante é confiar na opinião do seu médico. E caso ele não passe segurança suficiente, procure outro profissional, até se sentir seguro quanto ao diagnóstico e o seu conhecimento técnico. A internet é uma fonte de informações boa sobre saúde online, mas jamais substitui a opinião do seu médico.