Em 2014, apenas 8% dos brasileiros passaram pela cadeira de dentistas, segundo dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO). De acordo com a Sociedade Americana de Odontologia, três em cada 10 adultos apresentam algum grau de fobia ao visitar dentistas.
Entre os brasileiros, em 2014, quase 15% da população não frequentou o profissional de odontologia por medo. Este é o segundo motivo mais citado para evitar os consultórios de dentistas, segundo pesquisa do CFO, com dados de 2014. O medo perde apenas para a “falta de necessidade”, superando até mesmo a “falta de tempo e de recursos financeiros”.
A fobia de dentistas pode ser desencadeada por traumas decorrentes de experiências negativas anteriores, que podem remontar à infância. Os procedimentos rústicos do passado não raro provocavam dor durante todas as visitas ao consultório, o que resultava em uma associação inevitável entre ida ao dentista e dor. Assim, as pessoas que possuem algum trauma em relação a dentistas costumam adiar o máximo possível a visita a esse profissional, a fim de evitar o mal-estar causado pela fobia.
A boa notícia é que avanços tecnológicos têm contribuído significativamente para a redução da dor durante os processos odontológicos, tornando-os, além disso, mais seguros e simples. Hoje há equipamentos de alta tecnologia que garantem procedimentos menos invasivos, mais precisos e eficientes e que proporcionam um tempo de recuperação menor e mais conforto para o paciente, tanto durante a consulta, quanto após qualquer procedimento, do mais simples ao mais complexo.
O fim do “motorzinho”
Um dos clássicos equipamentos que normalmente causam desconforto para os pacientes (e dentistas) devido ao som característico é a caneta de alta rotação, conhecida como “motorzinho” ou “broca”. Esse item é bastante utilizado nos consultórios para remoção de restaurações, cáries e outros procedimentos. O barulho, antes considerado inevitável, geralmente causa desconforto para pacientes e dentistas, que podem ter prejuízos auditivos devido ao convívio constante com o som.
Há hoje alternativas aos “motorzinhos” tradicionais, como a caneta de alta rotação que não emite o temido som, porque gira devido a uma rotação de turbina a partir de um motor elétrico, o que faz com que o ruído emitido seja similar a um sopro. Além disso, há a redução da vibração incômoda produzida pelas canetas de alta rotação tradicionais na mão do dentista, o que também beneficia o paciente, que não sente que o procedimento está sendo realizado, fazendo-o sentir-se mais cômodo e com menos medo. Além disso, o equipamento não prejudica a audição do profissional.
Já é possível também dizer adeus à agonia diante de agulhadas na gengiva. O sistema The Wand proporciona eficácia, conforto e redução de efeitos colaterais na aplicação de anestesias. Ele controla o fluxo de anestésico aplicado, mantendo pressão e volume constantes, independente da variação de resistência tecidual, diminuindo significativamente a dor.
O sistema CVdentus, outro avanço tecnológico, utiliza o movimento ultrassônico para remoção de materiais dentários de forma minimamente invasiva, sendo muito utilizado em preparos de facetas de porcelana, uma vez que é menos traumático.

As inovações chegaram até mesmo às cadeiras odontológicas. Atualmente é possível encontrar modelos controlados por iPad e equipados com diversos itens para segurança e conforto, tais como câmera intraoral, esteira de massagem, seringa com água aquecida e kit multimídia.
Segundo dados do CFO, 42% dos brasileiros se dizem insatisfeitos com o próprio sorriso. Além disso, 23% apresentam algum problema bucal, sendo a ortodontia uma das soluções.
Na área de odontologia estética, um avanço significativo é o Digital Smile Design. Trata-se de um conceito fundamentado na análise das proporções faciais do paciente por meio de vídeos e fotografias digitais de alta qualidade a fim de conhecer a relação entre os dentes, gengivas, lábios, sorriso, e características da face ao movimentar-se.
Com essas informações é possível criar um projeto digital de sorriso personalizado que, após aprovação do paciente, pode ser testado em sua boca, o que possibilitará uma previsão do resultado final, aumentado sua confiança no tratamento.
Vale a pena para os dentistas?
O investimento em tecnologias de ponta não costuma ser baixo. A caneta de alta rotação que não emite o som das brocas tradicionais custa, em média, R$ 14 mil, porém os valores variam, uma vez que trata-se de um produto importado. Entretanto, quem já aderiu às tecnologias odontológicas mais avançadas garante que há um bom custo-benefício, já que os procedimentos são realizados de forma mais rápida e eficaz, o que resulta, portanto, em uma economia significativa em tempo de clínica.
Se, mesmo diante dos avanços tecnológicos que garantem a redução da dor e o aumento do conforto, o medo de dentistas persistir, impedindo a busca por tratamento odontológico mesmo em casos de extrema necessidade, recomenda-se procurar ajuda profissional para superação do trauma.
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