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O Marketing Médico Se Aplica A Todas As Especialidades?

Com a revolução digital pela qual o mundo passou, profissionais de diversas áreas de atuação passaram a investir na divulgação de seus negócios pela internet. O mesmo ocorre na medicina, com o desenvolvimento de estratégias de marketing médico.

No entanto, existem muitas dúvidas sobre o que pode ser feito e, principalmente, sobre quais especialidades podem ter sucesso com essas ações. Então, preparamos este artigo para responder a todos esses questionamentos.

O que é marketing médico?

O conceito de marketing, segundo Philip Kotler, um profundo conhecedor do tema, é satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores por meio da troca. Na mesma lógica, o marketing médico é uma estratégia realizada para divulgar o seu trabalho, comunicar e entregar valor para os pacientes.

Ainda, o advento da internet revolucionou a forma como se faz a divulgação de uma empresa, ampliando o seu alcance e reduzindo os seus custos. Com isso, uma janela de oportunidades se abriu para os profissionais de saúde, que podem aumentar consideravelmente a sua base de paciente e estreitar o relacionamento com eles.

Neste sentido, para alcançar esses objetivos, podem ser realizadas diferentes tipos de ações, como, por exemplo, marketing de conteúdo, de relacionamento, inbound marketing, e-mail marketing, etc.

Entretanto, diferente de outros segmentos, o marketing médico é regulado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e nem tudo pode ser feito. Porém, antes de entrarmos nesse tópico, você sabe quais especialidades podem aplicar essas ações de divulgação?

Quais especialidades podem fazer?

Por ser um tema sensível e que afeta diretamente a vida das pessoas, o marketing médico esbarra em algumas limitações impostas por razões éticas. No entanto, independentemente da forma como são realizadas, essas estratégias são elaboradas de acordo com o público que deseja ser alcançado.

Neste sentido, qualquer especialidade médica pode aplicar o marketing para promover o seu consultório, desde que respeitando o código de ética da profissão e considerando o grau de sensibilidade do assunto e do seu público. 

Por exemplo, um oftalmologista ou um dermatologista, possuem uma ampla gama de possibilidades para criar ações de marketing, pois, são especialidades que não tratam de temas muito sensíveis.

Já um oncologista ou um psiquiatra tem um campo mais sensível para divulgar o seu trabalho. Isso porque tocam em assuntos que merecem mais cuidado na abordagem.

Nesses casos, o marketing médico precisa ser pautado pela sutileza e discrição, buscando todas as formas de comunicar-se com o seu público sem desrespeitar os limites éticos. Por isso, recomenda-se que, ao terceirizar esse trabalho, opte por uma empresa especializada no setor de saúde.

Quais são as limitações do CFM?

O Conselho Federal de Medicina (CFM), a partir da resolução n.º 1.974/11, criou o Manual de Publicidade Médica a fim de evitar que organizações ou profissionais de saúde tenham práticas abusivas ao desenvolver o seu marketing médico.

Ainda, este manual funciona como um guia do que pode e o que não pode ser feito. Com isso, o CFM resguarda a população de ser alvo de chamadas sensacionalistas ou de informações mentirosas.

Conheça o que não pode ser feito

O Manual de Publicidade Médica traz diversos vetos, recomendações e permissões para a prática de marketing médico. Entre os diversos artigos dessa resolução, podemos destacar:

  • proibição da utilização de palavras que indiquem a superioridade de um procedimento ou de competência de um profissional, tais como, “o melhor”, “o mais eficiente”, “o único capacitado”, “resultado garantido” e similares;
  • veto à exposição do paciente por meio da divulgação de fotografias, mesmo que autorizado por ele;
  • ao anunciar equipamentos, o consultório não pode transmitir a ideia de que a tecnologia presente nele é capaz de garantir o sucesso de um procedimento;
  • proibição de se utilizar de sensacionalismo nas ações de marketing para chamar a atenção das pessoas;
  • veto a sua participação em entrevistas, publicação de artigos ou divulgação ao público que tenham como foco a autopromoção;
  • não é permitido compartilhar notícias em caráter de exclusividade e que tenham o potencial de alarmar a sociedade;
  • os canais de comunicação digitais são restritos para ações de marketing e relacionamento com os pacientes, sendo proibido utilizá-los para prestar qualquer tipo de assistência médica;
  • veto ao anúncio de especialidades que não possui ou que não estejam registradas no conselho local. Caso estejam, deve-se limitar a duas especialidades;
  • ao criar qualquer tipo de propaganda ou publicidade, é obrigatório informar o nome do profissional, especialidade e/ou área de atuação, CRM, número do RQE;
  • caso o seu nome seja associado a propagandas enganosas desenvolvidas por terceiros ou matérias desprovidas de qualquer rigor científico, você deve exigir a desvinculação;
  • veto a divulgação de preços, formas de pagamento, parcelamento e descontos em procedimentos e tratamentos;
  • proibição da participação em campanhas publicitárias para a promoção de empresas ou de produtos relacionados à medicina;
  • ao criar qualquer tipo de propaganda ou publicidade, é obrigatório informar o seu nome, especialidade e/ou área de atuação, CRM, número do RQE.

Embora existam muitos vetos e restrições, ainda é possível criar boas estratégias de marketing médico para atrair e se comunicar com o seu público. Não sabe como? Então, continue a leitura.

Como fazer marketing médico para o meu consultório?

O marketing tem como objetivo atrair, encantar, fidelizar e educar os pacientes. Então, todas as estratégias são baseadas em, pelo menos, um desses pilares. Para começar a desenvolver as suas ações, você precisa executar os seguintes passos:

  • conheça a sua concorrência: pesquise os serviços oferecidos pelos seus concorrentes na sua região de atuação. Da mesma forma, analise como eles estão utilizando o marketing para alcançar os pacientes;
  • descubra quem é a sua persona: a sua persona é uma pessoa fictícia criada a partir das características em comum encontradas nos seus pacientes, tais como, gostos, preferências, idade, gênero e endereço;
  • defina seus objetivos: o marketing médico pode ser realizado para alcançar diferentes objetivos. Então, para ter maior assertividade nas suas estratégias, defina onde você quer chegar com elas;
  • escolha uma estratégia: ao saber seu objetivo, escolha qual ou quais estratégias podem trazer o melhor resultado, como, por exemplo, marketing de conteúdo, de relacionamento e/ou e-mail marketing;
  • seja consistente: raramente, o sucesso de uma campanha de marketing surge por meio de uma única ação. Na maioria dos casos, é a consistência das ações que impactam o público e faz com que sejam atraídos ao seu consultório;
  • faça um planejamento: o planejamento das suas estratégias é fundamental para que consiga acompanhar os resultados e, assim, verificar se elas estão saindo conforme esperado.

Assim, ao seguir essas dicas, você está pronto para iniciar a divulgação do seu consultório e tem grandes chances de alcançar os objetivos traçados. Porém, não esqueça de investir na melhoria do seu atendimento, pois é ele quem pode determinar o sucesso das suas estratégias.

Portanto, independentemente da sua especialidade, o marketing médico também serve para você. Então, siga nossas dicas e leve o seu nome e o do consultório a um público ainda maior, mas não se esqueça dos parâmetros éticos do CFM para tal.

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Escrito por
Equipe iMedicina