O mundo virtual está presente em todos os cantos, em cada passo dado pelo ser humano. Na rua, no trabalho, no lazer ou no lar, este mundo virtual se trata, por vezes, de uma extensão da nossa realidade. Uma vida paralela à nossa, a que estávamos tão acostumados a viver por várias décadas, sem imaginar os avanços que viriam a seguir.
Hoje, há pessoas que concentram seus negócios quase que totalmente na internet. Vivem com isso, uma vida muito mais virtual do que física. Lidando com parentes, amigos, contatos e até pacientes que nunca viram pessoalmente – principalmente em casos de tratamentos em que a psicologia ajuda a melhorar a qualidade de vida destas pessoas e a apontar soluções a seus problemas.
Imagine que um simples console de videogame ou um Google Maps e até uma imagem 3D podem fazer toda a diferença em um tratamento?
É possível crer que, por trás destas tecnologias, haja possibilidade de cura junto à psicologia? É possível, sim.
A psicologia dos jogos
Imagine que existam joguinhos e outros aplicativos que auxiliam nos tratamentos cognitivos para a ansiedade. Tais tratamentos baseiam-se na necessidade de ajudar o paciente a ignorar uma ameaça, tal qual um rosto zangado, por exemplo, fazendo-os se concentrarem em um rosto risonho e feliz.
Os resultados deste trabalho desenvolvido e publicado na revista Clinical Psychology Science, há dois anos, já mostravam que os pacientes que jogaram por pelo menos 25 minutos estes jogos, estiveram menos apreensivos e se tornaram mais confiantes, relatando inclusive que se sentiam menos ansiosos ou preocupados do que antes.
O processo que utiliza a psicologia aliada aos jogos chama-se “Attention-bias Modification Training” ou Treinamento de Modificação da Atenção e, atualmente, já é tido como um dos tratamentos mais eficazes para a redução da ansiedade.
A psicologia empregada no uso dos videogames, por exemplo, ajuda inclusive a tratamentos específicos em outras áreas da medicina. Em um tratamento fisioterápico, por exemplo, no qual o profissional utiliza a forma lúdica para trabalhar os músculos que o paciente necessita exercitar.
Além disso, os jogos ajudam também o terapeuta a perceber com clareza as dificuldades dos pacientes e comparar os desempenhos das outras sessões.
Em pacientes que sofreram AVC, por exemplo, a psicologia dos recursos utiliza o videogame como forma de estimular o paciente a se exercitar, recuperando força e destreza. Em outros casos, ajudando também na recuperação do equilíbrio e da locomoção.
A psicologia dos movimentos – liberdade
Não são apenas os jogos que são as ferramentas mais utilizadas.
Um aplicativo chamado GestureMaps e que foi desenvolvido por estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), interior de São Paulo, permite, por meio de gestos com as mãos, controlar a ferramenta Google Street View e já foi aplicado em tratamentos com idosos que sofrem de desorientação espacial.
Hoje, por meio do Google Street View, é possível viajar sem sair do lugar. Você pode conhecer museus, paisagens, cidades do mundo todo com apenas um clique em seu computador.
Imagine fazer isso com as próprias mãos ou os pés? Assim, de forma prática, o GestureMaps emprega a psicologia no tratamento que trabalha os movimentos motores dos pacientes e a sua coordenação motora. Tal qual uma motivação. Você é livre para ir e conhecer o que quiser, aonde estiver. Basta que seu pensamento dê o comando e a tecnologia lhe mostre o caminho.
Outro recurso empregado em diversos tratamentos é o GenVirtual, um software destinado aos tratamentos de portadores de paralisia cerebral e distrofia muscular, trabalhando com a realidade aumentada em tratamentos como a musicoterapia.
Como funciona?
Enquanto os tratamentos mais tradicionais da musicoterapia empregam o uso de instrumentos para tal, com o GenVirtual, os pacientes identificam notas musicais por meio de cartões confeccionados com os símbolos musicais. Com uma webcam, o sistema do software identifica e decodifica o símbolo dos cartões, criando um cubo 3D colorido.
O programa cria um efeito que adiciona os cubos para fora da tela do computador – conforme a visão do paciente, aumentando a realidade do paciente.
Assim, ao passar a mão ou o pé por cima dos cartões, o paciente vai tocando as notas musicais. Com a manipulação destes cartões, o profissional pode aumentar ou reduzir a dificuldade do tratamento, em busca de melhores resultados.
Ou seja, através da psicologia, o GenVirtual motiva qualquer pessoa portadora de paralisia a fazer o mesmo movimento sempre, visto que recria os instrumentos que não poderiam ser tocados fisicamente, e os reapresenta na forma virtual em forma de cubos musicais, para que o paciente possa desempenhar o tratamento tão bem quanto qualquer outro. O intuito é tornar o processo sempre o mais atrativo possível.
Este programa foi testado em pacientes da Associação Brasileira de Distrofia Muscular (Abdim) e em pacientes da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Ele se encontra atualmente disponível para download gratuito no site www.anagrasi.com.br
A psicologia em plataformas digitais contra a fobia
Em consultórios onde o “divã” ficou no passado, as novas ferramentas usadas pelos profissionais para trabalhar e deixar seus pacientes mais à vontade chamam-se “plataformas digitais”.
Desenvolvido pela psicóloga Cristiane Gebara, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, o Programa Brasileiro de Realidade Virtual para Tratamento de Fobia Social consiste na apresentação de seis cenas com personagens reais, localizados em lugares virtuais. Os pacientes utilizam fones de ouvido, televisão 3D e óculos que permitam enxergar as imagens em terceira dimensão.
Desta forma, o paciente escolhe uma cena e precisa interagir com os personagens. Estes personagens virtuais, por sua vez, responderão ao paciente conforme o comando aplicado pelo psicólogo no computador. Contudo, o paciente participa do tratamento, sem saber que é o psicólogo quem está controlado a realidade virtual.
O terapeuta elencará, neste tratamento, todas as situações as quais o paciente teme, conforme o grau do medo que ele sente em cada uma, e trabalha cada fobia progressivamente, até que o medo seja curado. A psicologia empregada neste tratamento com a plataforma digital consiste na exposição gradativa aos medos que sofre, sem pressão, para que possa, por conta própria, enfrentá-los de maneira segura e eficiente.
Segundo o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, houve uma redução de 70% dos casos de ansiedade apresentados no Hospital, graças a utilização deste recurso.
A tecnologia de gestão a serviço da psicologia
O Projeto Transformador é outra iniciativa que alia a psicologia à tecnologia com bons resultados. O trabalho consiste no atendimento às crianças que, por diversos motivos, estão cada vez mais fazendo terapia. Os pequenos geralmente sempre brincam com os celulares dos pais, entretidos em alguma atividade, e ficam chateados de terem que largar o aparelho para desempenhar qualquer outra atividade.
Assim, o projeto reuniu seis atividades nas quais o psicólogo pode utilizar o smartphone e adaptá-lo ao uso mais adequado. Um exemplo é que, na primeira sessão, um boneco virtual apresenta para a criança quem é o psicólogo, o que ele faz, no que consiste a sua terapia e conta também como funciona o sigilo entre o psicólogo e ela.
Tal informação é importante, porque muitas crianças imaginam ter de contar aos pais o que conversaram com o psicólogo. O trabalho já atendeu a cerca de 200 crianças e os resultados foram bastante positivos. O projeto se encontra no site Radiotransformador.
Como saber se o atendimento no consultório está realmente ajudando aos pacientes?
Existe uma outra tecnologia que alia a psicologia à gestão dos negócios. Este recurso atende pelo nome iMedicina. Trata-se de um software que combina diversas ferramentas de gestão para clínicas e consultórios: gestão financeira, agenda, prontuário médico, dentre outras opções que estão interligadas e ajudam o profissional a desempenhar seu trabalho dando a máxima atenção a cada paciente atendido.
Imagine em um consultório de psicologia, que o psicólogo tenha o total controle do que seus pacientes sofrem, de como tratá-los e em quais dias da semana cada caso deve ser observado. Imagine ter o relatório completo de cada atendimento, com gráficos e notas que mostram a evolução dos processos. Saber ainda se há necessidade de estender ou não os tratamentos e aplicá-los de forma que não pesem sobre os ombros dos pacientes?
Todas estas possibilidades já estão disponíveis aos profissionais da psicologia, de forma a agilizar os tratamentos e ainda oferecer o melhor custo-benefício, sem que comprometa a saúde financeira de sua clínica.
Hoje, a tecnologia e sua psicologia por trás dos recursos é essencial a qualquer profissional da saúde e principalmente aos profissionais da própria área da psicologia. Os avanços não param de aprimorar os tratamentos, bem como a gestão da própria clínica, podem fazer grande diferença na carreira de quem sonha em proporcionar o melhor a quem dele necessita.
É muito importante entender que, atualmente, a tecnologia é uma aliada fundamental para o bom desempenho do psicólogo. Você sabia que existem softwares médicos extremamente eficazes que auxiliam na gestão do consultório de psicologia e dos pacientes? E que inclusive podem ajudá-lo na parte estratégica e no marketing do consultório? Já pensou se, no seu software médico, além de gerenciar seus pacientes, você pudesse também criar e conduzir o seu próprio site e blog?
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Ser médico, seja de qual área for, é sentir os problemas dos pacientes e oferecer a eles o que melhor lhes ajudar a superar os seus males. Leia mais sobre o assunto e saiba como aprimorar os processos de atendimento em sua clínica.