Médicos precisam se informar antes de se credenciar para não cair em armadilhas ou equívocos com planos de saúde!
Pode valer a pena!
Planos de saúde podem ser uma grande jogada na carreira de um profissional de saúde. Médicos novatos, inexperientes ou com pouco prestígio, que estejam abrindo seu próprio consultório, podem ter um salto no número de pacientes com o apoio dos planos. Mas existem algumas coisas que os profissionais que pretendem aderir a este modelo de negócio precisam saber para não caírem em ciladas e se tornarem reféns de empresas.
O credenciamento a um plano de saúde pode ser muito bom para você, profissional, bem como pode ser catastrófico, saiba disso. Tudo depende da forma como você lidará com a empresa e com todas as características deste ramo da prestação de serviços em medicina. A seguir, algumas coisas relevantes que você precisa saber sobre este mundo.
Definição de plano de saúde
O que é um plano de saúde? Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), planos de saúde são serviços oferecidos por operadoras de iniciativa privada com o intuito de prestar assistência hospitalar e médica. Vale lembrar que os planos de saúde só existem pela falha do Estado em assegurar a todos os cidadãos uma eficiente assistência à saúde, que é direito garantido pela Constituição. Apenas no Brasil, são cerca de 2000 operadoras de planos de saúde, milhares de profissionais e aproximadamente 42 milhões de habitantes cobertos por estas empresas.
Para trabalhar para um plano de saúde, o médico precisa se credenciar à empresa como prestador de serviço. Com esta associação, ele fica disponível nos guias médicos das operadoras, é encaminhado pelos planos, atende os pacientes e recebe os honorários por meio da companhia do plano de saúde, sem nunca receber repasses feitos pelo próprio paciente, que realiza periodicamente o pagamento à empresa, conforme o contrato estabelecido entre as partes.
Vantagens, desvantagens e prevenção de problemas em planos de saúde
Atender por planos de saúde, por um lado, atrai mais pacientes, pois o nome na guia médica da empresa faz com que seu consultório fique mais conhecido e requisitado. Por outro lado, o profissional recebe menos por consulta ou procedimento do que faturaria se atendesse de forma particular. É dessa maneira que a empresa retira parte dos lucros que obtém com a mediação entre pacientes e prestadores de serviço.
Se credenciar a um plano de saúde pressupõe a plena aceitação por parte do profissional de um contrato de trabalho proposto pela empresa. É imprescindível que o médico tenha conhecimento e plena compreensão do que se estabelece nas cláusulas do contrato para que não entre no negócio sem ter ciência de seus bônus e ônus. Para pessoa física, normalmente os documentos exigidos são: CCM ou ISS, CNES, CRM, Alvará da Vigilância Sanitária, Alvará de Funcionamento, currículo, diploma, CPF, comprovante de conta bancária e dados do local de atendimento como endereço, CEP e telefone.
No entanto, saiba também que as empresas não podem colocar tudo o que quiser nas cláusulas de seus contratos. A ANS estabelece uma série de regras nestes acordos de serviço entre operadoras e médicos.
Dente eles, estabelece que os planos de saúde não podem pagar aos médicos um valor inferior ao definido pela convenção profissional (CFM e CRM), não podem oferecer valor menor ao já assinado anteriormente, bem como não podem interferir no sigilo ou diagnósticos dos médicos, oferecer pacotes de consultas ou barrar procedimentos por razões econômicas. A Agência estabelece ainda uma lista de atendimentos médicos aos quais as operadoras têm obrigação de prestar plena assistência.
Burocracias e repasse de pagamento
Saiba também que o pagamento será recebido pelas empresas após a entrega das Guias TISS às companhias. Esta guia é um documento que detalha os procedimentos realizados no paciente e seus respectivos custos. Você, médico, não deve fazer com que o paciente assine uma guia em branco. Com as guias devidamente preenchidas, é necessário sistematizar, imprimir e encaminhar para a empresa que avalia e realiza o pagamento.
Mas saiba também que, dependendo da empresa, esta análise de guias e o respectivo pagamento pode demorar, portanto, se programe. Tenha ciência ainda do que são as “glosas”. Este procedimento acontece quando a operadora discorda do que se registra em alguma Guia TISS e decide que não realizará o pagamento. Você, profissional, tem o direito de recorrer no tempo determinado para reaver o repasse do dinheiro.
Mesmo antes de fazer contato com as companhias de planos de saúde para saber os detalhes de cada contrato, faça uma análise interna dos contextos econômicos e de sua própria carreira. Avalie, de fato, se você precisa de um credenciamento a algum plano de saúde e se planeje para que tudo dê certo para você.
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