Telemedicina: por que não utilizar ferramentas de uso comum

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O conceito de telemedicina já é bem conhecido pelo mundo. Nas últimas décadas, a tecnologia avançou tanto que impactou diretamente na forma como médicos e pacientes se relacionam e no modo como os profissionais da saúde trocam dados entre si. A possibilidade de usar meios de comunicação para ampliar o contato tornou o processo de troca de informação mais ágil e simples. 

Em diversos países do mundo, e agora no Brasil, já é possível se valer das metodologias interativas de comunicação audiovisual para a prestação dos serviços médicos. Isso inclui as modalidades de atendimento online, como a teleconsulta, teleorientação, diagnóstico e monitoramento. 

A transformação que essa tecnologia trouxe para a medicina vai além de apenas possibilitar o atendimento remoto. Esse recurso significa mais acesso à assistência médica para populações mais afastadas, mais celeridade na  triagem e laudos médicos mais especializados. Conduta essas que repercutem positivamente no tempo e na qualidade dos diagnósticos, contribuindo para transformar a saúde, melhorando a atenção à saúde básica e aliviando a sobrecarga nos centros de saúde.

É inegável os benefícios que telemedicina trouxe para os profissionais e pacientes. Em tempos de isolamento social, o artifício tecnológico se provou uma alternativa eficiente para resolver a necessidade de afastamento físico, sem deixar de lado o alcance ao atendimento médico de qualidade.

Contudo, a novidade gera algumas dúvidas pertinentes à segurança e formas de uso, em consequência da falta de regulamentação no país. Uma das preocupações mais relevantes se refere ao tipo de plataforma que pode ser empregadas para viabilizar as teleconsultas e como elas devem ser utilizadas para oferecer um atendimento seguro para ambas as partes. 

É verdade que as ferramentas de uso comum não são ideais para a prestação desse serviço. Vamos explicar melhor no decorrer do artigo. Acompanhe.

Quais são as ferramentas de uso comum e como são utilizadas

Quando me refiro às ferramentas de uso comum, falo sobre plataformas colaborativas populares, que unem tecnologia de áudio e vídeo para videoconferências online. 

Os meios de comunicação via internet estão cada vez mais conhecidos. Um dos motivos é o aumento da capacidade de processamentos dos dispositivos móveis, como os smartphones, tablets e notebook, que tornam esses recursos multimídias cada vez mais viáveis. Outro motivo é a crescente necessidade de comunicação entre pessoas de localização diversa, seja pelo aumento do home office, ensino à distância ou facilidade de viajar e conhecer pessoas de outras localizações.

A videoconferência é mais que uma realidade no meio corporativo, ela é indispensável para diversos setores organizacionais. Não é atoa que os aplicativos que permitem contato visual e sonoro em tempo real, estão mais desenvolvidos a cada dia que passa. Grandes empresas como o Google e o Facebook apostam nesse tipo de comunicação, pois entendem a imprescindibilidade delas para o cenário atual.

O Whatsapp (Facebook Inc.) e o Google Meet  (Google) são exemplos disso. Impossível conhecer alguém alguém que não se comunica através do whatsapp ou já tenha feito uma chamada de vídeo pelo Meet. Igual a essas opções, temos um monte no mercado. Elas foram desenvolvidas para que as pessoas pudessem trocar mensagens de forma simples e ágil no dia a dia.

 Contudo, há de se lembrar sobre a segurança da informação nesses aplicativos. Como ela é realizada? Apesar da criptografia, há como garantir que as mensagens não serão copiadas e alteradas por alguém? E a suscetibilidade à clonagem do dispositivo e consequente uso dessas plataformas pelo dispositivo clonado, como em muitos casos de uso do whatsapp para fins ilícitos a partir da clonagem dos números.

Essas são algumas das questões que põe em xeque a utilização dessas ferramentas para os serviços de saúde. 

Por que não usar esses aplicativos para a telemedicina

De acordo com a RESOLUÇÃO CFM nº 1.643/2002, norma vigente sobre a telemedicina no Brasil, antes da portaria 467/20 do Ministério da Saúde, “ Os serviços prestados através da Telemedicina deverão ter a infraestrutura tecnológica apropriada, pertinentes e obedecer as normas técnicas do CFM pertinentes à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional. “

A classe médica sempre foi ciente da importância do sigilo médico durante os atendimentos. Isso não é nenhuma novidade. A lei, no entanto, não se absteve de mencionar esses princípios novamente em seu texto. Isso ilustra como essa é uma questão que devemos ter bastante cuidado durante a prática dos serviços médicos remotos.

Apesar de não haver lei que especifica o que pode ou não pode ser utilizado como plataforma para a telemedicina, é dever do profissional resguardar seu paciente. Portanto, sempre que se optar por uma ferramenta, deve-se estar atento à segurança dos dados e possibilidades de fraudes.

Por todas as questões que mencionamos no decorrer do texto, o uso de aplicativos comuns arrisca ferir preceitos tão importantes para um atendimento médico de qualidade, o que pode resultar em exposição de informações sigilosas do paciente e danos na carreira do profissional.

Como utilizá-la de forma correta?

O mais indicado, principalmente na falta de normas específicas, é optar por utilizar as plataformas de empresas especializadas no ramo da saúde. Isso porque os bons softwares médicos tem segurança de nível bancário e são desenvolvidos levando em consideração as necessidades da classe. 

Para evitar problemas futuros, o profissional deve anotar em prontuário o tipo de plataforma utilizada durante o atendimento, junto com o termo de consentimento assinado pelo paciente. 

A conduta médica nos atendimentos por telemedicina deve a ser a mesma dos atendimentos presenciais. O profissional deve garantir a qualidade do atendimento em quaisquer das circunstâncias escolhidas para realizar o ato médico.

Implementar a telemedicina de forma correta e responsável no consultório, além de ajudá-lo a crescer, ainda evita problemas futuros com os pacientes. 
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