Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada dois pacientes abandona o tratamento nos primeiros seis meses. No Brasil, essa falta de comprometimento do paciente é um dos principais desafios para combater a tuberculose, por exemplo.
Para reduzir essa estatística e promover a saúde dos pacientes, preparamos este artigo com algumas dicas de como evitar a recorrência desse abandono. Ficou interessado? Então, continue a leitura.
A adesão ao tratamento é fundamental para o sucesso da terapia prescrita pelo profissional de saúde e pela sua equipe. Porém, por uma série de fatores, grande parte dos pacientes tende a não manter a orientação médica pelo tempo determinado.
Ademais, quando falamos de adesão ao tratamento estamos falando do grau de concordância entre as orientações do profissional de saúde e o comprometimento do paciente em utilizar a medicação, seguir a dieta ou mudar o seu estilo de vida.
De acordo com a OMS, a adesão é um fenômeno determinado pela interação de cinco dimensões: sistema e equipe de saúde, fatores socioeconômicos, fatores relacionados ao paciente, à doença e ao tratamento.
Embora haja uma ideia de que a responsabilidade pelo abandono do tratamento seja exclusivamente do paciente, ela não é verídica e reflete o desconhecimento sobre os fatores que afetam o comportamento e a capacidade do indivíduo em aderir ao tratamento. A seguir, listamos alguns dos principais desafios que explicam esse abandono.
Toda medicamento ou tratamento pode provocar efeitos colaterais nos pacientes. No entanto, a incidência desses efeitos costuma ser abaixo de 1% dos pacientes. Quando ocorrem, podem levá-los a desistir do tratamento.
Porém, nem sempre há uma relação do sintoma com o uso de uma medicação. Mesmo assim, dificilmente o paciente busca uma avaliação médica e acaba tirando suas próprias conclusões. Uma boa medida a ser tomada é sempre relatar para o indivíduo quais os possíveis efeitos colaterais do tratamento.
Trata-se de uma das principais causas da baixa adesão dos pacientes. Geralmente, depois dos primeiros quinze dias do tratamento, eles apresentam uma leve melhora do quadro e, assim, entendem que não é mais necessário manter a medicação.
Entretanto, a consequência desta prática tende a ser uma evolução da condição, trazendo mais prejuízos para o paciente. Apesar de ocorrer uma melhora no estado de saúde, é necessário seguir a orientação do profissional e continuar com o tratamento até a data estipulada.
Em alguns casos, a baixa adesão ao tratamento é explicada pelo total desinteresse do paciente, sendo um dos desafios mais complexos. Isso porque depende da mudança de mentalidade dele e do desejo de melhorar ou não.
Ainda, uma solução possível para essa situação é ter uma conversa franca com o indivíduo, apresentando todas as possíveis consequências para o não tratamento da sua condição. Com isso, é possível que ele se motive a seguir o tratamento.
Outra situação muito comum é a não percepção de melhora. Às vezes, mesmo com a orientação do médico sobre o tempo de tratamento, o paciente não se compromete, pois, esperava uma melhora logo nos primeiros dias.
Ainda, esse tipo de situação também exige o trabalho de mudar a forma de pensar do indivíduo. Para isso, pode ser preciso explicar para ele como determinada substância age no organismo, como aquela possível doença afeta o corpo e as razões que explicam o longo período de tratamento.
Ademais, esses são alguns dos principais desafios encontrados pelos profissionais de saúde e que levam a desistência. Como resultado desse comportamento, a doença pode evoluir e impossibilitar o tratamento, restando ao paciente o controle dos sintomas.
A eficácia do tratamento depende do comprometimento do paciente em seguir as orientações médicas. Porém, o profissional de saúde também deve acompanhar a evolução do quadro e buscar maneiras para que haja uma maior adesão. Neste sentido, conheça cinco passos para reduzir o número de pacientes desistentes.
Nem sempre é possível identificar antecipadamente os motivos que podem levar o paciente a desistir do tratamento. Assim, é preciso adotar uma atitude preventiva, ou seja, estar atento aos comportamentos que possam indicar um indício de abandono.
Para isso, você pode considerar fatores sociodemográficos, o perfil do paciente, histórico de tratamentos anteriores, etc. Ao perceber os sinais de desistência, converse com ele e destaque a importância de tratar a sua condição e as consequência de não fazê-lo.
Quando procuram por um profissional de saúde, as pessoas costumam estar lidando com algum desconforto, sentimento de angústia ou preocupação. Assim, ao entrar no consultório, esperam ser acolhidas e bem recepcionadas pelos funcionários.
Além disso, ao receber um tratamento personalizado, tendem a se sentirem mais importantes, o que pode motivá-las a manter o tratamento. Então, para conseguir oferecer este tipo de atendimento, implemente um sistema de gestão, melhore o seu pós-consulta, envie e-mail marketing e SMS com felicitações em datas comemorativas e com lembretes das consultas.
Em alguns casos, a desistência do paciente é motivada por questões relacionadas à organização do consultório, como, por exemplo, erro na marcação de consultas, atrasos no atendimento, confusão com o prontuário, entre outros.
Apesar de parecerem inofensivas, essas pequenas atitudes transmitem a ideia de amadorismo, o que leva o paciente a abandonar o tratamento ou procurar outro médico. Para evitar essa situação, capacite seus funcionários e invista em um software médico seguro.
Outra razão comum para a desistência do paciente é a falta de comunicação do profissional no que diz respeito às expectativas com o resultado o tratamento. Por isso, é fundamental questionar o indivíduo sobre quais objetivos ele espera alcançar.
Ao buscar assistência médica, o paciente espera ser bem atendido, conta com a pontualidade do médico e deseja se sentir acolhido. Um ambiente desagradável pode desestimulá-lo a permanecer no consultório, desistindo do tratamento.
Neste sentido, dedique-se a tornar o seu local de trabalho um lugar acolhedor. Para isso, preocupe-se com a iluminação do lugar, o conforto das poltronas, a climatização, o nível de barulhos, entre outros. Além disso, capacite seus funcionários para estarem continuamente melhorando o ambiente.
Enfim, ao seguir esses cinco passos você estará dando um importante passo para estimular o paciente a procurar o seu consultório e persistir com o tratamento. Assim, você será capaz de evitar o alto índice de desistentes e os efeitos negativos que isso tem para a saúde do paciente e para seu atendimento.
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