Projetos de medicina em destaque no exterior

Há várias pesquisas na área médica (projetos em medicina) no país que conseguem alcançar uma ampla visibilidade internacional, evidenciando a importante contribuição destes estudos desenvolvidos no Brasil para o desenvolvimento de novos medicamentos e opções terapêuticas.

Um projeto em medicina ganhou recentemente destaque nos noticiários em rede nacional após o reconhecimento concedido pela revista Nature à pesquisadora brasileira Celina Turchi pelo seu importante papel na pesquisa científica em 2016. Seu trabalho confirmou a relação entre o vírus da zika e a microcefalia. A especialista em doenças infecciosas da Fiocruz foi considerada uma das dez cientistas mais importantes do ano pela revista.

Os primeiros casos de infecção pelo zika vírus foram constatados no primeiro semestre de 2015 no Brasil. Entretanto, a confirmação inédita da relação entre a infecção pelo zika vírus e os casos de microcefalia, fez com que a Organização Mundial da Saúde emitisse um alerta em todo o mundo sobre a epidemia do zika vírus.

Celina Turchi liderou uma equipe multidisciplinar de cientistas internacionais em uma união de esforços que resultou em um conjunto de evidências que permitiram relacionar de maneira inequívoca a infecção provocada pelo zika vírus com o desenvolvimento de microcefalia em bebês.

Projeto em medicina na área de Oncologia é destaque internacional na revista Cell

Na área de Oncologia, outro projeto em medicina da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP) estabeleceu uma nova classificação para os gliomas, um tipo de tumor cerebral muito comum e extremamente agressivo. A pesquisa surgiu a partir da constatação de que cerca de 9% destes tumores progridem de forma muito heterogênea, dificultando o diagnóstico inicial e consequentemente as estratégias de tratamento.

No estudo, foram analisados os genes e os mecanismos epigenéticos responsáveis por controlar estes genes nas células. As pesquisadoras Tathiane Malta e Thais Sabedot (FMRP/USP) analisaram o processo de mutilação dos genes (um mecanismo epigenético com o efeito de diminuir ou aumentar a expressão genética) em amostras biológicas de tumores cedidas pelo The Cancer Genome Atlas (National Cancer Institute/USA) e pelo biobanco da FMRP/USP.

O estudo deste projeto em medicina resultou em uma nova tipologia destes tumores do encéfalo, com sete subtipos de gliomas identificados. Dois destes subtipos foram classificados pela primeira vez, sendo a sua identificação inédita na oncologia.

Os resultados foram publicados pela Revista Cell, o periódico científico mais respeitado na área de Biologia Molecular. O projeto foi desenvolvido em parceria com seis países de várias instituições de pesquisa, sendo liderado por Houtan Noushmehr (FMRP/USP, Brasil), Antonio Iavarone (Universidade de Columbia, NY/EUA) e Roel Verhaak (Instituto MD Anderson, Texas/EUA).

Esta pesquisa abriu caminhos para uma nova forma de diagnóstico dos gliomas e a possibilidade de tratamentos mais adequados.

Projeto em medicina na área de Imunologia agilizou a vacina contra o HPV

O estudo que resultou na obtenção da vacina contra quatro tipos do HPV (Vírus do Papiloma humano) teve impacto na pesquisa médica mundial através de sua publicação no período científico Lancet Oncology.

Os trabalhos foram liderados pela pesquisadora Luisa Villa (Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer) e demonstraram de maneira inédita os efeitos da vacina contra estes tipos do vírus, contribuindo para agilizar a sua utilização contra o HPV. A vacina é hoje disponível comercialmente. Este projeto em medicina colocou o país em foco na área de pesquisa Imunológica.

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